domingo, 16 de novembro de 2025

NEM A BRINCAR...



 

As palavras quiseram brincar.
Convidaram-me e eu entrei na brincadeira.
Começou por uma corrida animada,
uma corrida de palavras com rima,
ora flutuantes,
ora esvoaçantes,
que rápidas se juntavam
e alegremente brincavam
 
Assim juntas, abraçadas ou de mãos dadas,
fizeram composições,
algumas composições poéticas,
outras
de uma simples conversa “de trás da orelha” …
 
Formaram frases, contaram histórias
que eu ouvia,
absorvia,
escrevia…  
 
Um dia convidaram-me para jogar às escondidas.
E eu aceitei.
 Aceitei…
e…
aí é que “a porca torce o rabo”,
porque…
… de tão escondidas, mal as encontro…
e quando encontro
elas não querem sequer falar…
ficam mudas…
parecem perdidas…
mas só me querem irritar.
 
Não querem ser encontradas
nem ordenadas para serem poema ou canção…
porque nesta brincadeira
também levaram e esconderam
a inspiração…
 
Ora bolas!,
de inspiração ausente,
com palavras mudas e escondidas,
vendo esta falta de respeito
por quem sempre as amou
só me apetece gritar-lhes
a minha indignação!
 
Isto não se faz, nem a brincar!  
Comigo acabou a brincadeira,
mas quando vos apanhar…
… vão ver e sentir, não a indignação,
mas o peso e a força do teclado
ou da lapiseira!
 
Maria La-Salete Sá (16-11-2025)
 
 

MUDANÇAS...

 Ontem, nos meus momentos de paragem e abandono para reflexão, ouvindo a música xamânica (tambores xamânicos), fechei os olhos, concentrei-me na respiração e deixei que a música me conduzisse (ou se conduzisse). Sem pensar em nada, simplesmente atenta ao que me fosse dado ver, sentir ou vivenciar, a pouco e pouco o ritmo começou por se intensificar na cabeça, como se ali se concentrasse, mantendo-se assim por momentos. Depois, vibrando suavemente, alojou-se no meu chacra cardíaco. Enquanto observava e “me deliciava” emersa neste estado vibratório de ser, sempre de olhos fechados, uma imensidão de pontos luminosos, flutuantes parecia cobrir todo o espaço que o meu olhar interno podia abranger, chegando cada vez mais próximo. Eram apenas partículas luminosas que vinham chegando, mas a minha alma soube de imediato que traziam uma mensagem, um alerta para nos abrirmos ao que vai chegar. Mal a mensagem foi descodificada, as milhentas partículas agruparam-se num único e grande foco luminoso, uma espécie de disco solar que a pouco e pouco se foi desvanecendo. Fiquei mais um bom bocado entregue à melodia e à intensidade da vibração, revisando atitudes, emoções, sentimentos, pensamentos, numa espécie de regresso ao passado. E o curioso é que me descubro mais livre, mais desapegada do material, mais tolerante…

Fiz esta meditação durante a tarde e à noite, quando me fui deitar, antes de dormir e depois de “conversar” um bocadinho com os meus amigos da Luz, com a luz apagada, prontinha para adormecer, começo a “ver” sinais, imagens coloridas, abstratas que, conforme vinham logo desapareciam dando lugar a outras. Mudei a posição e devo ter adormecido quase logo.

Maria La-Salete Sá (14-11-2025)


terça-feira, 4 de novembro de 2025

EM MEDITAÇÃO...

 

Hoje fiz a minha ligação aos Arcturianos durante a manhã e, depois de almoço, depois de arrumar a cozinha, depois de ler um bocado de “A Serpente Emplumada”, enquanto o Indaleto estava absorvido a meditar, de auscultadores colocados, ouvindo música lemuriana, resolvi seguir caminho idêntico. Também de fones conectados ao computador, selecionei, de Music for body and sprit, “Tambores Xamânicos, Flauta Nativa Americana, Energia Positiva… Meditação” e entreguei-me, tentando esvaziar a mente e ficar recetiva ao que chegasse. A pouco e pouco serenei e a música parecia penetrar todo o meu ser, intensificando-se na cabeça e no cardíaco. Sabia que não estava só, havia uma espécie de carícia a envolver-me. Depois, uma descarga sobre a cabeça e… algo de novo aconteceu! Sentada diante do computador, como estive o tempo todo, a sola dos meus pés começou a receber energia, em “piquinhos” que não dormência, mas verdadeiras descargas. Começaram nos pés, subiram pelas pernas até aos joelhos e depois… depois todo o meu campo energético se ampliou e nova “chuva” desceu pela cabeça. Neste estado de ser e de sentir, “precisei” de estender os braços e abrir as mãos para que a energia também por elas fluísse! Era tanta e tão forte que parecia não caber em mim. Era urgente e necessário partilhá-la. Agradeci, desliguei a música e esperei que o Indaleto “voltasse”. Quando ele abriu os olhos, pedi que me desse as mãos e assim a fiz circular. Não foi somente uma doação, foi antes uma osmose, dei e recebi, ele deu e recebeu. Que mais dizer, a não ser GRATIDÃO, GRATIDÃO, GRATIDÃO!

 

Maria La-Salete Sá (04-11-2025)


https://youtu.be/D3aP2lf1dt8?si=3Kdysa2wLMdFgt_Z