Ontem, nos meus momentos de paragem e abandono para reflexão, ouvindo a
música xamânica (tambores xamânicos), fechei os olhos, concentrei-me na
respiração e deixei que a música me conduzisse (ou se conduzisse). Sem pensar
em nada, simplesmente atenta ao que me fosse dado ver, sentir ou vivenciar, a
pouco e pouco o ritmo começou por se intensificar na cabeça, como se ali se
concentrasse, mantendo-se assim por momentos. Depois, vibrando suavemente,
alojou-se no meu chacra cardíaco. Enquanto observava e “me deliciava” emersa
neste estado vibratório de ser, sempre de olhos fechados, uma imensidão de
pontos luminosos, flutuantes parecia cobrir todo o espaço que o meu olhar
interno podia abranger, chegando cada vez mais próximo. Eram apenas partículas luminosas
que vinham chegando, mas a minha alma soube de imediato que traziam uma
mensagem, um alerta para nos abrirmos ao que vai chegar. Mal a mensagem foi
descodificada, as milhentas partículas agruparam-se num único e grande foco
luminoso, uma espécie de disco solar que a pouco e pouco se foi desvanecendo. Fiquei
mais um bom bocado entregue à melodia e à intensidade da vibração, revisando atitudes,
emoções, sentimentos, pensamentos, numa espécie de regresso ao passado. E o
curioso é que me descubro mais livre, mais desapegada do material, mais
tolerante…
Fiz esta
meditação durante a tarde e à noite, quando me fui deitar, antes de dormir e
depois de “conversar” um bocadinho com os meus amigos da Luz, com a luz apagada,
prontinha para adormecer, começo a “ver” sinais, imagens coloridas, abstratas que,
conforme vinham logo desapareciam dando lugar a outras. Mudei a posição e devo
ter adormecido quase logo.
Maria La-Salete
Sá (14-11-2025)