terça-feira, 25 de junho de 2024

DE NOVO AUSENTE…

 

Há alturas em que me sinto completamente à deriva, perdida num mar aparentemente pacífico e sem vento que me indique o norte… hoje assim estou…

Não sei onde me encontro, não estou nesta que sou. Não são energias densas, não é tristeza, não são dores físicas, é antes uma ansiedade que surgiu vinda não sei de onde e… ia dizer fadiga, mas é mais uma inércia que não só inibe o meu trabalho, como também entorpece o fluir da criatividade…

Não gosto de me sentir assim!... A luz e o brilho do meu sol interno são difusos como difusos se fazemos meus pensamentos, as minhas emoções…

Tento, momento a momento, absorver um ténue raio e dele fazer mais luz para poder acender algumas ideias orientadoras e, talvez, ver chegar uma brisa que indique o rumo…

Quero encontrar a outra parte de mim que se ausentou, preciso urgentemente dela para sair deste não-ser que sei que não sou EU! E sei que ela já vem. Eu sei e ela sabe que não podemos ser apenas metades. Somos AMOR, somos LUZ, mas só um ser inteiro pode ser a manifestação da LUZ e do AMOR.

E com este pensamento a saltitar na minha mente vislumbro, com um sorriso de esperança, que aquela que de mim se ausentou está quase a chegar.

 

Maria La-Salete Sá (23/06/2024) 


domingo, 9 de junho de 2024

HÁ ANJOS NA TERRA


A vida, momento a momento, mostra-nos pequenos/grandes milagres que vão acontecendo!
Ontem precisei de me ausentar até Lisboa. Cheguei à estação ainda cedo para o embarque, cerca de 15 minutos antes. O banco da gare, ao fundo das escadas, estada cheio, mas a senhora que estava na ponta levantou-se para me ceder o lugar. Em tom de brincadeira agradeci e recusei dizendo que preferia ficar de pé a ver se crescia mais um pouco, ao que a senhora, também em tom de brincadeira, respondeu: “Eu já escrevi uma carta lá para cima a pedir que, quando cá voltasse, pudesse ser um pouco mais alta e mais esperta”
Entretanto, já ela se tinha sentado, reparei que manuseava um baralho de cartas diferente dos normais baralhos sejam de tarot, sejam de cartas com os quatro naipes que toda a gente conhece. As cartas, penso que todas com animais, estavam como que emolduradas em caixilhos metálicos. Ela baralhava e, de repente saltou uma carta do baralho. Olhou, disse de si para si “o amor vence”. Nesse momento perguntei: ”Esse baralho é uma espécie de tarot?”, ao que me respondeu: “Não, o tarot é mais complexo, este é mais simples, ligado à Luz.
Claro que ela se apercebeu que a minha curiosidade adveio, sobretudo, da carta que ela tinha observado e então disse que estava a trabalhar as cartas para a nora que estava muito preocupada com o bebé, mas que as cartas diziam que se acalmasse, que pensasse no amor que tem e que reparte, que tudo está bem. (Não cheguei a entender se ela se referia a um recém-nascido ou a um bebé prestes a nascer, sei apenas que, aparentemente, algo não estaria bem). Depois ligou à nora e no fim perguntou-me se eu queria receber uma mensagem. Um pouco apanhada de surpresa, sem saber ao certo o que dali viria, respondi afirmativamente. Quis saber o meu nome e disse que pensasse numa pergunta para a qual precisasse de resposta, só pensasse, não verbalizasse ou se não quisesse perguntar nada, que simplesmente deixasse vir a mensagem que os Seres de Luz enviassem.
Baralhou as cartas, até que, do meio do baralho, uma saltou. Pegou nela, olhou-a durante uns instantes, e disse: “Os seus pais, lá em cima, estão a olhar por si”. Sorri, em sinal de concordância, pensando neles, com todo o amor e gratidão de que fui capaz
Mais uma vez baralhou e mais outra carta saltou do baralho. Depois de ver que carta saíra, fixou o meu olhar e disse: “A senhora tem muita luz à sua volta!” ,e, dos meus lábios saiu a confirmação da minha alma num ”eu sei”. E sei que não fui eu a responder, mas a essência de Luz que vive em mim, não foi uma afirmação do ego, mas uma confirmação da alma.
Uma terceira carta, desta vez consegui ver que mostrava cães. Pegou nela e perguntou-me se tinha animais, ao que respondi que não, mas que gosto muito de gatos. Disse-me que os animais que se abeiram de mim estão a proteger-me.
Continuou a baralhar e, mais uma carta a saltar do baralho. Pegou nela, fixou-a e depois fixou-me dizendo: “Há algo que precisa de praticar ou continuar a praticar. Não sei o quê, mas a La-Salete saberá concerteza. “Claro que sei, tenho que dar continuidade à minha busca interior e continuar o meu trabalho com os Arctuianos, entre outros trabalhos de meditação e expansão de Luz e Amor.”
Já o comboio ia entrando na estação e, embora ambas fôssemos para Lisboa, viajámos em carruagens diferentes, senão teria sido uma viagem de grande partilha…
Não há coincidências, há sincronicidades. Não foi o acaso que ali nos juntou, foram energias em sintonia, energias que, vibrando na mesma dimensão, se atraíram.
Termino com esta (minha) certeza: Apesar do caos que nos cerca, apesar do medo que, a todo o custo, alguns (muitos) pretendem imprimir nas mentes humanas, há cada vez mais pessoas a despertar, a deixar sair a luz que as anima, a serem mais e mais as sementes estrelares que são! Não tenho problema em repetir, mesmo que muitos dos que me leem, não sigam a minha linha de pensamento e de ação, que me considerem doida, eu continuo a dizer “Não somos deste mundo, estamos cá por algum motivo (e por opção própria!), temos tarefas a cumprir neste plano, mas somos multidimensionais, somos seres das estrelas, o nosso verdadeiro lar é bem lá… onde os nossos olhos (físicos) não alcançam, embora os da alma saibam sem que não se lembrem (ainda!).
Maria La-Salete Sà (08/06/2024)

NASCE PLENA A GATIDÃO

 



 

Hoje a minha gratidão nasce plena!

 

Gratidão pelo dia que amanheceu e me acordou, com um sorriso.

Gratidão pelo café que estou a tomar.

Gratidão pelo pão que vou comer,

Gratidão pela vontade de ser, de me encontrar, de crescer.

Gratidão pelo trabalho e também pela inércia!

 

Gratidão pela inércia, sim!

 

A inércia, quando fruto de uma necessidade natural desperta o silêncio, e o silêncio conduz, de forma subtil, mas sábia ao centro onde me encontro…

Aí repousam as angústias, as dores, mas também as respostas, as curas…

Aí abre-se o caminho que conduz ao âmago, ao único ponto onde o nada se une ao todo, onde alfa e ómega se fazem simbiose e comungam do mesmo alimento.

Aí se forma o ponto de convergência de todas as causas e consequências de tantas vidas, de todas as vidas.

 

Nesta inércia, se souber caminhar por entre o nevoeiro do esquecimento, poderei, talvez, encontrar uma ponta partida a precisar de retomar o ponto onde se soltou…

Talvez ai também possa encontrar alguma pérola perdida entre as areias do deserto da solidão ou uma centelha de pura luz abrindo caminhos… de retorno à casa mãe…

 

Talvez aí…

Talvez aí…

 

Quem sabe?!

 

Mas, mesmo por entre questões e caminhos ainda não percorridos, a gratidão nasce plena!

 

Maria La-Salete Sá (09/06/2024)