Hoje a minha gratidão nasce plena!
Gratidão pelo dia que amanheceu e me acordou,
com um sorriso.
Gratidão pelo café que estou a tomar.
Gratidão pelo pão que vou comer,
Gratidão pela vontade de ser, de me encontrar,
de crescer.
Gratidão pelo trabalho e também pela inércia!
Gratidão pela inércia, sim!
A inércia, quando fruto de uma necessidade
natural desperta o silêncio, e o silêncio conduz, de forma subtil, mas sábia ao
centro onde me encontro…
Aí repousam as angústias, as dores, mas também
as respostas, as curas…
Aí abre-se o caminho que conduz ao âmago, ao
único ponto onde o nada se une ao todo, onde alfa e ómega se fazem simbiose e comungam
do mesmo alimento.
Aí se forma o ponto de convergência de todas as
causas e consequências de tantas vidas, de todas as vidas.
Nesta inércia, se souber caminhar por entre o
nevoeiro do esquecimento, poderei, talvez, encontrar uma ponta partida a
precisar de retomar o ponto onde se soltou…
Talvez ai também possa encontrar alguma pérola
perdida entre as areias do deserto da solidão ou uma centelha de pura luz
abrindo caminhos… de retorno à casa mãe…
Talvez aí…
Talvez aí…
Quem sabe?!
Mas, mesmo por entre questões e caminhos ainda
não percorridos, a gratidão nasce plena!
Maria La-Salete Sá (09/06/2024)
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