domingo, 29 de janeiro de 2012

Acontecimento inter-dimensional


Não posso deixar de registar os acontecimentos desta noite.

Deitei-me já tarde, o que deveria conduzir-me logo ao sono, até porque tinha tomado o comprimido que me foi receitado para o estado gripal em que me encontro e que provoca sonolência. Contudo, apesar de me deitar já depois da 1h da manhã, eram 3h e ainda não dormia. É certo que estive em meditação, em conversa com a minha alma, não só a procurar descobrir os seus objetivos mais profundos, mas também a irradiar energia de amor, paz e harmonia para os pontos do globo onde estas carências mais se fazem sentir. Não especifiquei nenhum país ou local em especial, porque sei que, melhor do que o que a minha mente me possa sugerir, o Universo sabe para onde direcionar esta energia. Pedi ainda que, se possível, a minha alma se juntasse a outras almas para que se realizasse um trabalho de grupo. Assim, entreguei-me ao processo e deixei fluir, embora este pedido de emanação/irradiação só tivesse sido feito muito próximo das 3h, pois pouco depois deste apelo ao acomodar o corpo para uma posição mais confortável para dormir, olhei para o relógio e vi que marcava três horas e um ou dois minutos.

Normalmente, quando me deito e me entrego à proteção dos meus guias e seres de luz Crística, entro em contacto com o meu Eu Sou, com o meu Ser Divino, “dialogo” com eles, entrego-me ao serviço, mas adormeço facilmente e sei que o trabalho se faz. Contudo esta noite não foi assim. Antes de me deitar e também já na cama pensei como seria bom encontrar os meus irmãos das estrelas, poder estar com eles ainda que pouco tempo… já não ansiava tanto por poder entrar na nave, mas poder vê-los, sentir a sua presença… ao pensar assim senti-me algo nostálgica… e o meu físico não encontrava posição confortável para descansar… Esta sensação passou quando me conectei com a minha Divina Presença Eu Sou, sentindo que também estava conectada com todos os meus irmãos, uma vez entregue à proteção e guarda de Miguel, como sempre faço.

Então adormeci. Adormeci no físico, mas não estive parada.

Éramos um grande grupo. Não sei onde estávamos, não sei quem eram as pessoas presentes, mas estávamos juntos com o propósito de meditarmos em conjunto. O trabalho a desenvolver era para acedermos aos nossos corpos de existência. Eu era a facilitadora/orientadora do trabalho. Estávamos de pé, formando um círculo. Entoávamos mantras e/ou expressões de que não me recordo. Sugeri que visualizássemos uma luz branca, límpida e intensa a descer sobre as nossas cabeças e a envolver-nos. Depois foi a vez da luz dourada que penetrava em cada um de nós, espalhando-se por todos os nossos corpos, fazendo-os vibrar em uníssono, éramos apenas um corpo formado por todos os corpos presentes. Quase a terminar a meditação sugeri que colocássemos as mãos ao lado do corpo, a mão esquerda com a palma voltada para cima e a mão direita com a palma voltada para baixo, para que cada elemento do grupo ficasse com a sua palma esquerda debaixo da palma direita do seu “vizinho” fazendo assim uma grande corrente de energia entre os presentes, uma vez que a direita dá e a esquerda recebe. Este, como sabemos, é um conhecimento básico de troca de energia. Então todo o grupo era um enorme círculo dourado, como se fosse um grande sol a irradiar luz para todos os lados. Nesta altura o meu corpo físico resolveu mudar de posição e acordei, pedindo ao grupo que mantralizasse o som ALEPH, garantindo assim que os nossos corpos ficariam em perfeito equilíbrio, mas acordei a colocar as mãos uma sobre a outra, mantendo a esquerda em baixo e a direita em cima, como se fora apenas eu a fazer o trabalho.

Logo que pude anotei o que acima descrevi e, quando me levantei dirigi-me ao computador para procurar o significado de ALEPH. É o equivalente à letra ALFA, do grego, e à ALEF, do hebraico, que, normalmente simboliza o começo de algo.

Numa outra página Web aparece a referência ao livro Aleph, de Paulo Coelho, um livro que ainda não li, mas que, de acordo com a sinopse que a seguir transcrevo do site Wook, o leva às suas origens literárias.



Sinopse

O Aleph assinala o regresso de Paulo Coelho às suas origens literárias. Num relato pessoal franco e surpreendente, revela como uma grave crise de fé o levou a procurar um caminho de renovação espiritual. Com o fim de recuperar o empenho, a paixão e voltar a entusiasmar-se pela vida, o autor resolve começar tudo de novo: viajar, viver novas experiências, relacionar-se com as pessoas e o mundo. Assim, guiado por sinais, visita três continentes - Europa, África e Ásia -, lançando-se numa jornada através do tempo e do espaço, do passado e do presente, em busca de si mesmo. Ao longo da viagem, Paulo vai, pouco a pouco, saindo do seu isolamento, despindo-se do ego e do orgulho e abrindo-se à amizade, ao amor, à fé e ao perdão, sem medo de enfrentar os desafios inerentes à vida. Da mesma maneira que o pastor Santiago em O Alquimista, o autor descobre que é preciso percorrer grandes distâncias para conseguir compreender aquilo que nos é mais próximo. A peregrinação faz com que se sinta vivo novamente, capaz de ver o mundo com os olhos de uma criança e de encontrar Deus nos pequenos gestos quotidianos.



Esta (re)lembrança onírica(?) é mais um tema para reflexão. Podem dizer que sou louca, que “me passo dos carretos”, mas o certo é que sou mesmo assim, e estou aqui a partilhar esta minha loucura, esperando que haja alguém tão ou mais louco do que eu e que tenha a coragem de comentar. A todos os loucos deixo desejos de Luz, Paz e Amor.


De Maria La-Salete Sá



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Retirado de RAÍZES

    Qualquer coisa se passou comigo esta noite que não consigo recordar. Não foi propriamente um sonho, foi algo mais, mas não sou capaz de reconstruir um único pormenor. Tenho uma vaga sensação de que havia alguma coisa ou alguém, não nesta dimensão, mas numa outra onde me encontrava.
    Acordei com frio, aconcheguei-me melhor e dormi tranquila, tendo acordado de manhã serena, leve e com aquele doce aroma que tão bem conheço, sinto e recebo com gratidão. E sou feliz assim, pois, nesta conformidade, sinto que consigo "ver" para além deste mundo tridimensional, que algo de bom está à minha espera, como de todos os demais, mas sei que terei de trabalhar conscientemente para lá poder chegar. Estou consciente de que não posso parar, que tenho de continuar a procurar, a descobrir, a ver para fora e para dentro de mim, a Ser cada vez mais EU. Sei que este é um trabalho com orientação, mas também é um processo de entrega e doação.
   Este processo pode manifestar-se, talvez, nas coisas mais pequenas e mais simples do meu dia a dia, no meio, na sociedade e no espaço que ocupo. É aqui que tenho de fomentar o meu "investimento". Um investimento material, energético, um trabalho de fluição e emanação de sentimentos, de pensamentos e de presença positivos. É uma forma de magnetismo mais conducente ao tratamento interno do que externo, é uma doação da minha alma individual à alma universal. Sinto que é este o caminho que me é apontado, é para essa forma de vida que tenho sido orientada por forças invisíveis que, a todo o momento, me sussurram a indicação do que devo e como devo fazer. Às vezes (e são tantas as vezes!) não vejo o percurso nem oiço a voz interior que me orienta, mas há outras ocasiões em que, estando desprendida de mim, deixo que seja a intuição ou a imaginação a conduzir-me . Então fico envolta num halo de total serenidade e sei que é o meu Anjo Interno que me dá a mão, que me conduz. Nessas alturas consigo "captar" toda ou quase toda a informação que me chega, mas se a quero transmitir, não sei, não consigo... no entanto sei viver em função desses lampejos de informação.
    Mas retomo o reconhecimento da minha cegueira e da minha surdez que também controlam as minhas atitudes. E neste reconhecer, reconheço também que a responsabilidade aumenta..., porque não tenho desculpas para não ver nem ouvir, porque só acontece quando não presto atenção, quando, em vez de viver, deixo que a vida passe ao lado.

    Embora sem as desculpas referidas no ponto anterior, nem sempre os meus ouvidos ouvem além do que o ser material que sou consegue captar.
    No entanto tento encontrar-me no amor fraterno, na sua transmissão, na sua partilha.
    E hoje aconteceu algo de novo e bom, na minha sala de aula. Aí senti que o Amor fluía a partir das palavras, em transmissão de energia, a meio de uma aula de Língua portuguesa.
    Inserida no contexto da temática da aula, "canalizei" palavras direcionadas ao Amor. Tenho a plena certeza de ter recebido essa mensagem de um plano superior, pois as palavras utilizadas, se bem que de todo acessíveis à compreensão das crianças, não faziam parte do meu propósito para essa aula. Falei, falei, falei de Amor, do amor fraterno, do amor Divino, do amor total... e digo que falei, mesmo acalentando a dúvida se fui eu ou não  quem falou. Somente sei que as palavras fluíam quase ininterruptamente, deixando-me praticamente sem fôlego quando acabei. E as crianças estiveram silenciosas durante todo esse tempo, recetivas à mensagem de paz e de Amor! Foi realmente a presença do meu Cristo Interno. eu fui tão somente o veículo que Ele utilizou para fazer chegar a mensagem.
    E enquanto anotava esse acto de Amor, foi-se intensificando o meu aroma, como que a dizer-me: "Falei através de ti, porque te amo com ternura, com mansidão, mesmo que não te julgues merecedora desse amor, é nele que te envolvo".´

                        Retirado do meu livro "RAÍZES" e referente a episódios passados em 1991)

Nota: Quando  refiro "o meu aroma", trata-se de algo, posso dizer, transcendental, porque , em finais da década de 80 sofri um acidente do qual resultou, além de outras pequenas sequelas, uma lesão do nervo olfativo devido a traumatismo craniano, tendo perdido a capacidade olfativa. Não sei se será irreversível ou não, aprendi a viver com isto, mas há alturas em que sinto um perfume delicioso, floral, mas que em nada se compara com qualquer aroma de que tenha memória. Comecei a chamar-lhe "Minha Primavera Divinal" ou "Perfume das Esferas" e acredito que vem mesmo de outras dimensões, com amor, com muito amor.

De Maria La-Salete Sá