Não posso deixar de registar os
acontecimentos desta noite.
Deitei-me já tarde, o que deveria
conduzir-me logo ao sono, até porque tinha tomado o comprimido que me foi
receitado para o estado gripal em que me encontro e que provoca sonolência.
Contudo, apesar de me deitar já depois da 1h da manhã, eram 3h e ainda não
dormia. É certo que estive em meditação, em conversa com a minha alma, não só a
procurar descobrir os seus objetivos mais profundos, mas também a irradiar
energia de amor, paz e harmonia para os pontos do globo onde estas carências
mais se fazem sentir. Não especifiquei nenhum país ou local em especial, porque
sei que, melhor do que o que a minha mente me possa sugerir, o Universo sabe
para onde direcionar esta energia. Pedi ainda que, se possível, a minha alma se
juntasse a outras almas para que se realizasse um trabalho de grupo. Assim,
entreguei-me ao processo e deixei fluir, embora este pedido de
emanação/irradiação só tivesse sido feito muito próximo das 3h, pois pouco
depois deste apelo ao acomodar o corpo para uma posição mais confortável para
dormir, olhei para o relógio e vi que marcava três horas e um ou dois minutos.
Normalmente, quando me deito e me
entrego à proteção dos meus guias e seres de luz Crística, entro em contacto
com o meu Eu Sou, com o meu Ser Divino, “dialogo” com eles, entrego-me ao
serviço, mas adormeço facilmente e sei que o trabalho se faz. Contudo esta
noite não foi assim. Antes de me deitar e também já na cama pensei como seria
bom encontrar os meus irmãos das estrelas, poder estar com eles ainda que pouco
tempo… já não ansiava tanto por poder entrar na nave, mas poder vê-los, sentir
a sua presença… ao pensar assim senti-me algo nostálgica… e o meu físico não
encontrava posição confortável para descansar… Esta sensação passou quando me
conectei com a minha Divina Presença Eu Sou, sentindo que também estava
conectada com todos os meus irmãos, uma vez entregue à proteção e guarda de
Miguel, como sempre faço.
Então adormeci. Adormeci no
físico, mas não estive parada.
Éramos um grande grupo. Não sei onde estávamos, não sei quem eram as
pessoas presentes, mas estávamos juntos com o propósito de meditarmos em
conjunto. O trabalho a desenvolver era para acedermos aos nossos corpos de
existência. Eu era a facilitadora/orientadora do trabalho. Estávamos de pé,
formando um círculo. Entoávamos mantras e/ou expressões de que não me recordo.
Sugeri que visualizássemos uma luz branca, límpida e intensa a descer sobre as
nossas cabeças e a envolver-nos. Depois foi a vez da luz dourada que penetrava
em cada um de nós, espalhando-se por todos os nossos corpos, fazendo-os vibrar
em uníssono, éramos apenas um corpo formado por todos os corpos presentes.
Quase a terminar a meditação sugeri que colocássemos as mãos ao lado do corpo,
a mão esquerda com a palma voltada para cima e a mão direita com a palma
voltada para baixo, para que cada elemento do grupo ficasse com a sua palma
esquerda debaixo da palma direita do seu “vizinho” fazendo assim uma grande
corrente de energia entre os presentes, uma vez que a direita dá e a esquerda
recebe. Este, como sabemos, é um conhecimento básico de troca de energia. Então
todo o grupo era um enorme círculo dourado, como se fosse um grande sol a
irradiar luz para todos os lados. Nesta altura o meu corpo físico resolveu
mudar de posição e acordei, pedindo ao grupo que mantralizasse o som ALEPH,
garantindo assim que os nossos corpos ficariam em perfeito equilíbrio, mas
acordei a colocar as mãos uma sobre a outra, mantendo a esquerda em baixo e a
direita em cima, como se fora apenas eu a fazer o trabalho.
Logo que pude anotei o que acima
descrevi e, quando me levantei dirigi-me ao computador para procurar o
significado de ALEPH. É o equivalente à letra ALFA, do grego, e à ALEF, do
hebraico, que, normalmente simboliza o começo de algo.
Numa outra página Web aparece a
referência ao livro Aleph, de Paulo Coelho, um livro que ainda não li, mas que,
de acordo com a sinopse que a seguir transcrevo do site Wook, o leva às suas
origens literárias.
Sinopse
O Aleph assinala o regresso
de Paulo Coelho às suas origens literárias. Num relato pessoal franco e
surpreendente, revela como uma grave crise de fé o levou a procurar um caminho
de renovação espiritual. Com o fim de recuperar o empenho, a paixão e voltar a
entusiasmar-se pela vida, o autor resolve começar tudo de novo: viajar, viver
novas experiências, relacionar-se com as pessoas e o mundo. Assim, guiado por
sinais, visita três continentes - Europa, África e Ásia -, lançando-se numa
jornada através do tempo e do espaço, do passado e do presente, em busca de si
mesmo. Ao longo da viagem, Paulo vai, pouco a pouco, saindo do seu isolamento,
despindo-se do ego e do orgulho e abrindo-se à amizade, ao amor, à fé e ao
perdão, sem medo de enfrentar os desafios inerentes à vida. Da mesma maneira
que o pastor Santiago em O Alquimista, o autor descobre que é preciso percorrer
grandes distâncias para conseguir compreender aquilo que nos é mais próximo. A
peregrinação faz com que se sinta vivo novamente, capaz de ver o mundo com os
olhos de uma criança e de encontrar Deus nos pequenos gestos quotidianos.
Esta (re)lembrança onírica(?) é mais um tema para reflexão. Podem dizer que
sou louca, que “me passo dos carretos”, mas o certo é que sou mesmo assim, e
estou aqui a partilhar esta minha loucura, esperando que haja alguém tão ou
mais louco do que eu e que tenha a coragem de comentar. A todos os loucos deixo
desejos de Luz, Paz e Amor.
De Maria La-Salete Sá