O pensamento
vagueou pela vida em busca de respostas
e descobriu
que a vida
antes de ser vida
era um
conjunto vazio…
tão vazio que
nem um sopro lá tinha…
Ficou desolado
o pensamento…,
mas sendo pensamento,
nunca seria
vazio…
então…
ele, o
pensamento,
colocou
dentro do conjunto vazio um nadinha de energia,
mesmo sendo
apenas uma energia-pensamento.
Vagueou novamente
pela vida,
vendo-a desta
vez com outros olhos,
uns olhos mais
atentos, mais perspicazes…
e viu que
energia-pensamento só por si
também era…
…nada.
Era preciso acrescentar
mais um nadinha de qualquer coisa
nesse
conjunto já não tão vazio,
mas ainda um
conjunto de quase nada…
Então o
pensamento colocou nessa energia
um nadinha de
amor,
mais um nada
de ternura,
mais um nada
de paz …
E o conjunto,
que antes era vazio,
agora
brilhava e irradiava
energia-sentimentos,
ficando quase
vida!
Mas só quase,
faltava ainda
mais qualquer coisa,
ainda que só
mais um nadinha de…
nem ele sabia
bem de quê…
E, agora um
pensamento pensante… pensou,
pensou,
pensou
e descobriu
que faltava
quem pudesse usufruir dessa energia irradiante…
Mal teve
tempo de começar a pensar que…
logo, logo, a
vida se foi tornando VIDA
à medida que
nela iam aparecendo,
crescendo,
nascendo
todas as coisas que,
de nadinha em
nadinha, davam VIDA a esta VIDA,
fazendo dela uma
Vida de Amor.
E o pensamento
ficou feliz por saber que com pequenos nadas se podem fazer coisas
maravilhosas!
Pensando nesta
alegria, saltitou de vida em vida e…
descobriu
também que…
que alguns
pequenos e insignificantes nadas
podem virar
do avesso
qualquer vida
de paz e de amor,
transformando-a
ou criando-a de solidão,
de desespero,
de dor, de revolta…
O pensamento
pensou e tristemente assumiu que até ele,
um simples
pensamento de nada
tanto pode
gerar uma vida de AMOR
como de
GUERRA,
bastando para
isso
que um
nadinha de anti-amor entre na sua rota de pensar.
E são estes
pequenos nadas que podem alterar por completo o rumo de qualquer vida!
De Maria
La-Salete Sá (17/12/2015)