quinta-feira, 24 de setembro de 2015

NO PORTO COM A RAFAELA, A 11 DE SETEMBRO

(Texto escrito no dia 19 de setembro de 2015)


Hoje foi um dia em que resolvi partir para aventuras com a minha neta Rafaela. Já andávamos a pensar nesta "fuga à rotina" há cerca de um ano e ontem decidimos fazer do dia de hoje um dia diferente. 
Apanhei o comboio das 11:04h em Espinho e minutos depois entrou a Rafaela no apeadeiro da Aguda. Em General Torres saímos e entramos no metro rumo ao Jardim do Morro. Aí começou a nossa aventura: Teleférico até ao cais de Gaia com direito a entrada nas caves Quevedo. 




Mal saímos do teleférico fomos abordadas por dois rapazes que vendiam bilhetes para o mini cruzeiro no Douro, o cruzeiro das seis pontes, mas esse ficou em "stand by" (talvez para outro dia em que possamos dar de novo asas ao improviso).


Entramos nas caves,um espaço muito bonito e acolhedor e fizemos a nossa "prova". Eu decidi-me pelo tinto frutado, a Rafa pelo rosé. Gostamos e saímos bem sóbrias (nada de maus pensamentos de quem esteja a ler!). 


Depois disto havia que decidir se faríamos a viagem de regresso no teleférico (viagem que poderíamos usar até ao final do dia, e que estava já paga) ou se nos aventuraríamos a atravessar a ponte e entrar no Funicular dos Guindáis! 


Pensando bem, e porque já a barriga pedia o almoço, regressamos ao Jardim do Morro, novamente entramos no metro e fomos almoçar ao El Corte Inglês. E como estávamos ao lado do Wall Street Institut, a Rafa foi fazer uma aula e eu fiquei-me pelo El Corte Inglês a ler "Yolanda", da minha amiga Ester de Sousa e Sá, treinando também o meu inglês, já que este livro teve a primeira edição em Inglaterra e nesse idioma está escrito.


Cerca das 16h voltamos ao metro, direção a S. Bento, desta vez para fazermos o trajeto de Funicular. 






Poderíamos ter entrado perto da Praça da Batalha e saído no cais da Ribeira, mas preferimos o sentido contrário. Descemos a rua Mouzinho da Silveira até ao cais, fomos admirando a beleza da cidade que está tão mudada (para melhor!)desde a última vez que por ali andei e lá subimos no Funicular. 

Foi bonito, mas gostei muito mais, sem dúvida alguma, do percurso no teleférico.











Como não podia deixar de ser tiramos fotografias, algumas das quais vou deixar aqui.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

NO PORTO, MOSTRANDO E RECORDANDO...

Apesar de ultimamente os meus dias terem sido muito intensos com revisões, preparações, além dos normais afazeres do dia a dia, tenho dispensado uns bons e agradáveis momentos a mimar-me!
Assim, como já referi, no domingo participei no fabuloso encontro de gentes que cresceram comigo, que me viram crescer, que... me foram e são muito queridas;
Mas não fiquei por aqui, na segunda feira "pirei-me" todo o dia para o Porto, com a minha sobrinha Tânia Vieira, aproveitando o facto de ela ter ido tratar de uns assuntos. Foi a manhã na zona de Santa Catarina e logo depois de almoço decidi mostrar-lhe um Porto que ela não conhecia ao mesmo tempo que revisitava zonas que me deixaram memórias.



Santa Catarina-> Passos Manuel -> Sá da Bandeira-> Praça Almeida Garret... e daqui fui mostrar o Porto desconhecido à Tânia:


Rua das Flores, linda bem diferente do tempo em que a percorria anteriormente; daqui subimos a Rua do Ferraz, à procura do nº13 (que já não existe e onde passei muitos verões em casa da tia Casimira),


entramos na rua da Vitória (que se mantém como sempre a conheci) e chegamos ao miradouro em frente da Igreja de Santa Maria da Vitória.

 Daqui descemos a escadaria até perto do Largo de S. Domingos,  mas não sei o nome da rua. Aqui existe uma  farmácia com um frontispício , que é uma autêntica obra de arte e que não resisti a fotografar! Daqui seguimos , depois de um breve repouso aproveitado para fotografar e admirar a beleza circundante,                                                                                            

entramos no túnel da Ribeira, demos uma voltinha pela marginal e subimos no funicolar dos Guindáis. Uma vez cá em cima fomos em direção à estação de S. Bento, entrando na rua do Cativo, rua da Chã para descermos la rua do Loureiro. Aqui, onde a Rua Chã encontra a rua do Loureiro, vimos um "miradouro" muito original: três escadas em caracol que levam a um pequeno pátio, mesmo no meio de uma pequena pracinha. Claro, mas oh! que duas! Tivemos que subir e, não contentes ainda, cantamos (por diversas vezes, em jeito de serenata) "Menina estás à janela"!
Só de doidas! Mas bendita loucura!









terça-feira, 22 de setembro de 2015

CRÍTICA A "FRAGMENTOS DE UM PERCURSO INTERIOR", a melhor das que já recebi!

Gostei deveras e imensamente de ler e reler o livro que você me ofertou.
Dentre outras coisas, o que mais me encanta é que você confere às palavras novas oportunidades de se desfazerem das amarras da trivialidade, do quotidiano, sem contudo, impedi-las de aproximarem-se do íntimo do seu ser,que realiza a magia de convertê-los -- trivialidade e quotidiano -- em humana inspiração poética, quer instintivamente, quer intuitivamente, quer de maneira conscienciosa.
Enfim, sua poesia não precisa de um repertório maior de palavras caras, nem de um estilo rebuscado, para traduzir e exprimir o real, o seu contrário, a quimera, a fantasia, o onírico, o espiritual e o terreno, com seu devido valor. E digo mais, às vezes, em determinados instantes, ela beira a prosa poética para, em outros momentos,cristalizar-se em pura inspiração.
Por outro lado, é curioso também que, muito daquilo que você revela em suas poesias e nos seus versos -- de um modo geral -- é apresentado e elaborado de forma direta, conseguindo tornar-se, como que por magia e coincidentemente, o porta-voz do meu silêncio, às vezes obscuro/obscurecido, da minha voz interior, salva pela minha introspeção.
Quero finalizar este meu pequeno comentário do seu livro parabenizando-a pelo seu talento, vindo de uma aldeia tão querida a nós ambas; para uma , aonde nasceu e viveu parte da sua vida, foi criada e educada. E para a outra [eu], um lugar onde vivi momentos de grande felicidade e de alegria, junto da minha família e amigos -- Guirela do Paraíso, Castelo de Paiva.
E, mais uma vez, agradeço pela oferta de um dos seus preciosos livros.

-------------Texto de Isabel Miranda----------------------------

Nota: Esta amiga escreve lindamente e tem em mãos um manuscrito literário, intitulado "Na beira do caminho" que merece ser editado, e que vai ser editado! Quando isso acontecer, acredito que será um sucesso.

domingo, 20 de setembro de 2015

MEMÓRIAS DE UM DIA INESQUECÍVEL

Meus amigos!

Hoje estou mais do que feliz,estou felicíssima! Tive um dia em pleno, um dia em que vivi um "regresso ao passado", num convívio salutar com os jovens da minha geração, colegas de instrução primária (e por aí perto, mais ano menos ano...)! Foi um dia de rever amigos que a vida afastou por algumas décadas, foi o reavivar momentos de infância, de adolescência, da juventude... Foi uma partilha repleta de emoções entre risos e também algumas lágrimas, não lágrimas de dor, mas lágrimas de amor e de ternura!
Foi tempo para recolher mais algum reportório das cantigas dos nossos cortejos, mas desculpem-me, essas só as colocarei amanhã..., pois, porque de tanta alegria, de tanta emoção... estou cansada, um cansaço salutar, diga-se!
Sabia que ia ser um encontro muito agradável, mas não pensei que fosse tão intenso, tão participativo! Éramos no mínimo 70 pessoas que, entre comes e bebes, entre danças e cantares, relembramos com alegria, com saudade saudável (não saudosismo)!
Faltam-me palavras para dizer o que preenche o meu coração, mas ainda tenho palavras para dizer:

OBRIGADA GENTE DE GUIRELA!
OBRIGADA GENTES DO MEU CLÃ!

AMO-VOS COM O CARINHO QUE NÃO DEIXEI NA INFÂNCIA,
COM A MINHA TERNURA DE CRIANÇA,
QUE VIVE NESTE CORAÇÃO DE MULHER
E NELE VIVERÁ ENQUANTO EU VIVER!

Maria La-Salete Sá

E que lindos estão o meu pai e a Senhora Maria! E vejam lá! Estão aqui dois Manéis, ambos Vieiras!!!!
Parecem muitos, não? Mas ainda não estão todos! Ora vejam:


domingo, 13 de setembro de 2015

ESTADOS DE VIDA…



Vozes ecoam,
em conversa saudável e repartida,
outras em surdina ao telemóvel,
outras apenas no silêncio de cada alma…

Mas este espaço onde o silêncio impera,
silêncio de quando em vez…
interrompido…
pela funcionária que chama um paciente…
E este silêncio ouve-se
e preenche
este espaço,
um espaço cheio de vida…
… de vida e – talvez – também…
 de morte ou quase morte…

 Mas qual a diferença entre a vida e a morte?

Não são ambas a mesma moeda,
as duas faces da moeda,
o sentido da dualidade em que vivemos?
Não são elas apenas estados vivos
em diferentes dimensões?

 Não serão???


Maria La-Salete Sá (31/08/2015…10:20h)

PULGA ATRÁS DA ORELHA

Hoje, enquanto aguardo a minha vez de ser chamada para a ecografia tiroideia, observo pessoas ao meu redor. Gentes que esperam, metidas em seus mundos, caladas, mas talvez em monólogos internos, imparáveis. Que dirão? Que pensarão? Estarão presentes ou estarão ausentes? Presentes no físico e ausentes no espaço desta sala?
E eu? Onde me encaixo neste contexto, entre pessoas e nestas cogitações? Estou… não estou… quero estar em mim, mas estou fora…, estou em todo o lado, em todas as pessoas ao meu redor, neste espaço e neste tempo…também no tempo da espera.
Talvez até nossos pensamentos se encontrem e vagueiem entre nós, de mãos dadas, talvez… sejam apenas pensamentos de espera…

E por falar em pensamentos…
Há dias dei comigo a cantarolar uma cantiga com a qual a memória me acordou. E de seguida, logo meu pensamento divagou, divagou e questionou…
Questionamentos inusitados, questionamentos loucos de alguém que se considera genuinamente louca…
Dei comigo a tentar descobrir como é que o meu cérebro seria capaz de processar a sequência e as frequências de som da minha cantiga, um cérebro de alguém que nunca tivera aulas de música…
Qual seria o “chip” onde se armazenam esses conhecimentos e como foram lá parar? E para corroborar estas questões quase “insultei” o meu cérebro ao pensar noutras cantigas, apenas nos nomes das cantigas e logo ele, o Super Sabichão ia entoando as notas que as compunham.
Mas, mesmo depois de tanto questionamento fiquei sem respostas…
Será que alguém as terá?
Quem?
Poder-me-ão saciar a curiosidade?
É que esta “pulga” continua a saltitar atrás da minha orelha… questionando…


Maria La-Salete Sá (31/08/2015…10:16h)

GENTES DO NORTE!



Aqui ao meu lado,
enquanto ouvia o cântico do mar,
o sussurro da areia,
e sentia o aroma da maresia
feita magia,
com perfume de sereia…

Enquanto o sol acariciava os corpos
sedentos de calor…
alguém ao lado,
bem ao meu lado,
em amena conversa dizia
algo que me enternecia…

palavras que, enternecida,
como elogio guardei,
e que, com emoção, repartirei



 “O norte é fantástico! O tempo… e o calor não é muito intenso… aqui a praia matinal é do melhor, mas melhor do que tudo, porque melhor das melhores são as gentes do norte! Gentes acolhedoras! (…) (…)

(…) (…) E a conversa perdeu-se porque os intervenientes seguiram esplanada fora  e eu fiquei no meu lugar

Mas , mesmo que essa conversa não tenha sido comigo, fez-me sentir orgulhosa, orgulho esse que quero transmitir a todas as GENTES DO NORTE (para que o sintam também)! E VIVA O NORTE!

Maria La-Salete Sá (04/08/2015….(10 h 20 m)

QUANDO APERTA O CALOR…



Quando o calor se instala e a sede aparece…
Quando depois de uma caminhada a boca seca…
Quando não se sabe como refrescar e mitigar a sede…
… nada melhor do que ficar sentada
na sombra de uma esplanada,
beber um café sem açúcar,
bem refrigerado com duas pedrinhas de gelo!
Ah! Acaba-se então o pesadelo
da sede em boca ressequida,
esquece-se o cansaço,
ganha-se alento…
e fica-se, indiferente ao calor e ao tempo,
em descanso merecido,
saboreando em pleno
o prazer do momento…
assim apreciado, 
assim vivido…



Maria La-Salete Sá (10/07/2015)

TEMPO ADIADO



Há quem fique no tempo adiado,
adiando o tempo de se encontrar,
adiando o tempo de Ser… Feliz.
Há quem faça do tempo
prolongamento
e se perca em pensamentos
que, de prolongados,
conduzem
 tomadas de consciência adiadas…
Adiadas ou perdidas,
tantas vezes sem recurso
para serem encontradas…
E outras,
talvez mais felizardas,
ainda possam ser recuperadas
a tempo… de serem realizadas

De Maria La-Salete Sá
Praia das Sereias, 30/07/2015    11:57h


VAMOS LÁ SACUDIR A INÉRCIA!



Sei que preciso de sair deste marasmo em que me encontro, deste querer fazer algo sem nada fazer, deste querer escrever e acreditar que não o faço porque não tenho temas, motes ou palavras que me “empurrem” e motivem.
Sei que tenho o material necessário para criar, mas as ideias perdem-se em labirintos de ideias desencontradas, desconectadas, ou simplesmente preguiçosas e paradas… … e fico-me assim apática, egoisticamente apática, porque apenas penso que EU não tenho palavras, sem sequer me dispor a procurá-las, a ordená-las, a mimá-las… sabendo (também EU!) que palavras mimadas produzem ideias, ideias que acariciadas podem sugerir um tema, tema que, por ordenação de palavras conduz ao texto, texto que pode ser prosa ou poema…
Ora, ora, ora menina! É hora de sacudir a inércia e dar vida ÀS PALAVRAS!

Maria La-Salete Sá (31/07/2015….15:50h)