sexta-feira, 27 de maio de 2022

MEUS PASSOS...

 


Meus passos

são pequeninos passos

de criança

na descoberta do novo…

 

Titubeante…

neles

assomei à porta da alma…

abriu-se a porta,

a alma envolveu-me num suave olhar…

 

aventurei mais um pouco,

mais uns passos…

entrei…

e sem saber bem o que fazer,

a ela ofereci o bom de mim,

o bom que…

… de mim e para mim,

um dia ali

- naquele espaço de porta aberta-

nasceu…

 

Ela saboreou,

absorveu, amou…

Eu ofereci,

eu amei,

eu recebi…

 

… sabendo que ela e eu, eu e ela,

nos somos,

nos pertencemos…

… em energia, em essência, em AMOR!

 

 

De Maria La-Salete Sá  (29/04/2022)

 

NA DANÇA DAS PALAVRAS...


 

As palavras dançam na ponta da caneta!

Abraçando letra com letra,

percorrem os salões de tela branca

inundando-os de cor  

em bailado de amor.

 

São palavras-bailarinas, em vestes de emoção,

homenagem às musas da criação…

são a festa de alegria,

uma festa de vida e de som,

plena de melodia!...

 

Dançando assim na ponta da caneta,

minhas palavras de letras abraçadas,

fazem magia,

alargam abraços,

dão-se em afagos,

cantam afetos…

…recriam sonhos

       e

         são

               poesia!

 

De Maria La-Salete Sá (26/05/2022)

 

sábado, 21 de maio de 2022

EU SOU

 

Sou Ser Luz,
corpo Amor
coração Sentimento
essência Pureza…
 
Em suma…
…SOU…
 
EU… EU SOU
SER em LUZ,
SER em AMOR,
SER em SENTIMENTO,
SER em PUREZA…
 
EU SOU SER… em LIBERDADE,
sendo que…
EU SOU,
EU SOU,
EU SOU,
EU SOU O QUE EU SOU.
 
De Maria La-Salete Sá (21/05/2022)

domingo, 15 de maio de 2022

AMOR E SAUDADE

 




Quase a entrar na Lua Cheia de Maio (amanhã), quase em cima do eclipse lunar, praticamente a romper o Wesak…, a juntar a toda esta conjuntura, passo por dois lutos, por assim dizer, inesperados, sinto as emoções em redemoinho, sei que tenho chão, mas não o sinto…

Meu coração está aperreado, apertadinho… e chora… Não chora dores de apego, não chora a morte – ele não acredita na morte -, mas chora… e nem sabe porque chora… Não sabe se estas lágrimas que teimam em sair são pelo luto da Luísa, se são pelo luto da tia Olinda, se são pelo luto das duas…

E sei que não morreram, sei que apenas mudaram de “casa” ou de “escola”, passaram para um superior nível de aprendizagem. Sei que estão de regresso à casa-mãe onde nova VIDA as aguarda… Sei que vieram das estrelas, cumpriram aqui a tarefa a que se propuseram e se preparam para novas etapas, novas viagens…

Como elas, como qualquer pessoa neste plano de existência, nossas memórias ancestrais estão ocultas (às vezes semiocultas) pelo véu do esquecimento, esse que nos envolve a cada nascença. E, talvez a minha alma tenha visto/sentido um vislumbre dessa “casa”, da casa onde nasceu, talvez uma ténue recordação de alguma das inúmeras viagens, talvez… seja também a saudade da VIDA ESQUECIDA a juntar à saudade de quem partiu…

Chorei. As lágrimas saíram em torrente, em forte pranto, mas agora sei que não foi pranto de dor, foi pranto-saudade do AMOR e foi também pranto-AMOR pela Luísa, pela tia, por todos/as que finalizaram o curso neste plano, Amor por quem ainda tem trabalho no terreno, amor por tudo e todos, amor por mim.

Estou calma, agora.

Abraço a VIDA com um sorriso, sei que as minhas “estrelinhas” que estes dias nos deixaram sabem e sentem o brilho e a luz deste AMOR, sei ainda que jamais nos estaremos ausentes e que amanhã nos reencontraremos.