domingo, 9 de fevereiro de 2014

NO FIM DO ARCO-ÍRIS



A tempestade rugia lá fora, forte, intensa, sem tréguas...
Do lado de cá apenas chuva, tristeza, desolação...
Mas...
Do outro lado... o pintor desenhava o arco-íris,
A cada traço ele ia construindo a ponte de ligação
Ao mundo mágico, ao mundo da riqueza absoluta.
Desenhou, desenhou até chegar ao rio de sonhos
Onde o arco-íris quis e foi beber.

Então o homem, montando os sonhos na ponta do pincel,
Ia percorrendo, tom a tom, a estrada colorida.
Também ele queria beber das águas purificantes desse rio,
Das águas mágicas que davam vida a todas as ilusões,
Pois...
Ele sabia que lá, no rio de águas cristalinas
Onde a ponte arco-íris bebia os seus sonhos,
Lá para além do horizonte,
Encontraria o reluzente pote de oiro...,
Aquele que lhe serviria de salvo-conduto
Para a terra da abundância
 
E ele sonhava, desenhava e viajava na ponta do seu pincel...

A tempestade continuava fustigando a Terra,
Perseguia, furibunda, este homem poeta-pintor
Que, temerário e aventureiro, indiferente à sua fúria
Seguia a rota daquele sonho do pote de oiro,
Que, dia após dia, o visitava e sussurrava:
“Estou no fim do arco-íris! Sou sonho, faz-me real...
Se me encontrares encontrarás a terra da abundância...”

Quando chegou ao rio de águas cristalinas,
Antes de beber da água mágica, fechou os olhos e...

“Vou finalmente dar vida ao sonho,
Vou encontrar o meu pote de oiro, o meu pote!!!”


E, pensando assim, mergulhou no rio de águas mágicas,
Abriu os olhos, sorriu...
Olhou em redor e viu...
Que o pote de oiro... não tinha moedas reluzentes,
Que o pote de oiro era apenas um singelo coração, o seu...
Um coração repleto de sabedoria... onde, agora
Penetravam todas as tonalidades da ponte arco-íris...
E se fundiam numa só cor tão branca, tão cristalina...
Que não era de todo uma cor, mas uma intensa luz,
Uma luz de pura paz, de pura harmonia, de puro amor.

Então o nosso homem pintor-poeta soube
Que tinha em si todos os tesouros do mundo,
Que era mais do que um filho do sonho,
Que era um filho perdido do Universo,
Agora encontrado.


De Maria La-Salete Sá (09/02/14    15:07 h)

(imagens retiradas do google)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

SE O SONHO TOMA FORMA...

Sempre que o sonho toma forma e se expande
Há que capturá-lo,
Afagá-lo, 
Dar-lhe alento,
Colocá-lo em caminho de realização
Ainda que esse sonho
Seja apenas e tão somente
Uma quimera,
Uma ilusão...

Mas... não será este mundo
A nossa mais pura ilusão?

De Maria La-Salete Sá (30/01/14 13:00 h)

- imagem "Chama Violeta" retirada do google -

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

VOZ DO AMOR

Apetece-me cantar a Paz,
gritar a alegria,
louvar o amor.

Hoje sou energia feliz,
sorriso transparente,
leveza, liberdade,
Ser, felicidade...

Hoje ouvi a voz do AMOR!

De Maria La-Salete Sá (25/01/1992   00:07 h)

DESÍGNIOS


Partiu-se o meu ovo,
o pinto que nasceu vai morrer…
será um nado-morto,
um abortozinho da natureza!

São assim os meus desígnios…

Nascem pintos com dentes
e gémeos siameses de várias idades…

De Maria La-Salete Sá (1987)


DELÍRIO


 Voa pensamento,
corre imaginação
à procura de flores
na Terra.

  (Fevereiro de 1986)


CONTAS À VIDA


 “Dar contas à vida”
será uma meta ou um ponto de partida?
Ou um alerta?
Tantas questões que podem surgir
a partir de uma só expressão…
E as respostas? Onde estão?
Em nós,
dentro de cada um há a pergunta,
há a resposta…
Fazer do dia a dia uma expressão
não é tudo,
é necessária a questão
e a busca da solução.
E se a vida não for um continuar
de quês, de porquês
e de alterações
de nada vale ilustrá-la
com lindas expressões.
Assim não será VIDA,
mas sim, um aglomerado de ilusões.

De Maria La-Salete Sá (23/11/1990)


CONFIDÊNCIAS...


Se soubesses o que foi a minha vida,
se soubesses...!
Tão cheia de amor,
tão perdida de mim,
tão encontrada na dor
e no desamor...
Se tu soubesses...!

(22/05/96... 00h 45m)
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Contigo vivi a Paz
e a Alegria.
Fui feliz
na magia
de te querer.

Agora...
nasce o medo
de te perder...

(22/05/96... 00h 50m)
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Que bom ouvir-te!
Sentir a tua voz,
a tua presença!
Encheste de Paz
o meu dia sombrio.
Obrigada amigo!

(22/05/96... 16h 23m)

De Maria La-Salete Sá

domingo, 2 de fevereiro de 2014

BRINCANDO COM PALAVRAS

De Centauro a Alfa
Ele viaja no seu iate,
Perde-se pelo caminho,
Esquece Centauro
E fica

ALFAiate


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Perdido de Centauro
Aquele que viajava no seu iate
Chegou são e salvo a Alfa,
E tornou-se Alfaiate!


De Maria La-Salete Sá (30/01/14)

ELA

Ela comia o bolo,
Comia o bolo e bebia o chá.
Seus olhos absortos
Fixavam o nada.
Será que fixavam o nada?

Ou não sonharia o tudo
Que ansiava ver?
Mas
Ela,
A mulher sentada na mesa ao lado
Mastigava o bolo,
Bebia o chá
E...
Olhava absorta
Além do infinito.
A mulher sentada na mesa ao lado
Bebia o chá
E comia o bolo
Num mundo para lá do infinito.



De Maria La-Salete Sá (30/01/14)

(imagem retirada do google)