sexta-feira, 28 de março de 2014

AMAR...

A maior irracionalidade deste mundo
é amar.

A maior irracionalidade
que provoca o coração
na anulação total das capacidades
do ser pensante... comum/normal...
... a maior irracionalidade
é amar...

A maior irracionalidade
que trai a inteligência,
no desenvolvimento vertiginoso
da imaginação...
é amar...

A maior irracionalidade
que condiciona a alma humana
ao calor na dor,
à alegria no sofrimento,
ao prazer de saber sofrer...
... por amor...
é amar...

A maior irracionalidade... é...
... amar...

E feliz daquele que encontra no seu caminho
uma alma gémea tão irracional quanto a sua!

De Maria La-Salete Sá (28/01/1988   23:57h)

SE...


Se te perguntares por mim,
basta estenderes os braços
e verás no imaginário do sonho
o meu sorriso,
a tua resposta de paz.

De Maria La-Salete Sá (24/08/1995   01:25h)

VEM...

Dorme comigo esta noite,
deixa-me sentir teu corpo, teu calor...
Vem no silêncio e na calma,
no cintilar das estrelas,
vem...
... vem deitar-te a meu lado, amor.

De Maria La-Salete Sá (22/08/1995    23:58h)

MOMENTO...

Saíste, por momentos, do teu casulo,
deste-me o sorriso que ansiava,
as carícias que desejava...
Entraste no meu mundo solitário,
deste-me a mão, carinho e ilusão,
foste o momento de paz na minha vida,
o hino de alegria,
a certeza que me orienta
a vontade-esperança renascida.

De Maria La-Salete Sá  (20/08/1995    11:40h)

UTOPIA

Sai da tua concha, deixa o teu canto,
dá uns passos em frente e mostra-me um sorriso...
Não fiques passivo no teu orgulho ou no teu egoísmo
e deixa que a tua imagem se desenhe no vento,
tal brisa suave no meu pensamento...
Sai da tua concha
voa até mim, ilusão e invento,
deixa-me correr, ficar nos teus braços,
fazer da vida um momento de paz,
transformar esta loucura em certeza fugaz...
Volta depois à tua concha, ao teu canto
e eu serei um hino de alegria
neste mundo de utopia
onde a vida de frágil se tornará forte,
onde a tempestade será a bonança,
onde eu serei... certeza-ilusão,
vontade-esperança.

De Maria La-Salete Sá (20/08/1995    00:05h)

domingo, 16 de março de 2014

HOJE... NA SAUDADE...

Hoje sinto a saudade de ti, que nunca tive,
a falta do carinho que nunca me deste,
a ausência desse olhar que invento...
Hoje queria ter-te,
sentir-me real,
e procuro-te neste universo fictício
onde não existes (ou não te vejo).
Sei que estarás algures em busca de mim,
talvez perto, talvez distante,
mas também só, na saudade.
Não sei quem és, talvez não saibas quem sou,
mas a certeza da tua realidade
povoa a minha saudade.
Quando aparecerás? Quando aparecerei?
tu e eu estamos incompletos,
somos apenas as metades distantes
à espera do vento, da corrente,
da maré... que nos levará...
Eu sou a tua semente que germinará,
tu a seiva que me alimentará
em campos de lírios de paz e de amor...

Onde estás então,amor?
Onde estás...
... hoje... que te necessito na saudade?...

De Maria La-Salete Sá (18/08/1995)

quinta-feira, 13 de março de 2014

MEU PASSARINHO VERDE

Há muito, muito tempo , ouvi passarinho verde
e fui feliz...
Hoje... vi passarinho verde, amei,
tremi de emoção e sorri...
... e jamais afastarei dos meus olhos
a imagem do passarinho verde...
... porque...
...com ele voarei até aos confins do mundo,
ao centro da Terra,
à galáxia mais longínqua...,
no sorriso,
no trinar,
na esperança
do meu passarinho verde!

De Maria La-Salete Sá (1996)

MORAS NA MINHA SAUDADE



Moras na minha saudade, invento por nascer,
cavalo alado do prado verde que não gerou lírios,
mas produziu sementes de corsas e gazelas...
sementes que o vento espalhou
pelas campinas onde nascem germânicos...
Moras na minha saudade, perfume inebriante,
que um dia entonteceu meus sentidos e sentimentos
e me deixou adormecida na nostalgia...
Foste o invento que projetei,
a força que alimentei,
o amor que gerei...
Foste o homem-miragem do meu coração deserto
que, tal como surgiu, desapareceu,
deixando
no oásis desta paixão
a saudade da ternura...,
a saudade do coração onde tu moras...
Foste o cavalo fogoso na liberdade do prado
e eu a gazela em busca dos lírios da paz...
e do nosso encontro-desencontro
fizemos campinas de gerânios...

Eras liberdade, meu cavalo alado,
tão liberdade que a liberdade levou,
mas...
... moras para sempre na minha saudade.


De Maria La-Salete Sá (07/03/1988  23:51h)

DESABAFO

Quem me dera poder entrar agora dentro de ti,
ouvir e sentir o teu pensamento
e decidir
se ficar feliz no acolhimento do teu amor,
se refugiar-me em  mim...
conforme a sincronicidade ou o desfasamento
do nosso pensamento/sentimento...

...Amo-te...

De Maria La-Salete Sá (1996)

quarta-feira, 12 de março de 2014

JOVIALIDADE CONTAGIANTE



Assaltou-me a jovialidade contagiante da vida
e uma confiança sadia se apossou de mim.
Nesta conformidade
acabaram-se as barreiras da solidão,
aboliram-se as fronteiras
e pulsa forte meu coração
ao pensar-te, ao rever-te (na minha ilusão).
Já não estou presa ao desalento da tua ausência
mesmo sabendo que não estás,
já não maldigo a hora em que silenciaste,
já não me sinto perdida do mundo.
Eu sou! Eu vivo! Eu amo!
Amo-te tanto ou mais que outrora,
contudo acredito na vida, em mim.
Sei que és sonho impossível,
mas eu sou real
e como tal
tenho uma vida, a minha vida, para viver...
... contigo na memória,
contigo no coração,
contigo...

... e mesmo na certeza de nunca seres meu
não serás jamais a minha maldição...

Hoje fui assaltada pela jovialidade contagiante da vida!

De Maria La-Salete Sá (05/03/1988    18:49h)


terça-feira, 4 de março de 2014

DOCE SENSAÇÃO...


 Cheirinho bom! Nem doce nem acre, intenso e suave em simultâneo. No carro, na viagem de regresso de Guirela para Espinho. Chegou suave, quase impercetível até se fixar bem ao meu lado esquerdo entre mim e o Indaleto. Que tranquilidade ele me trouxe, que sensação de bem-estar e de plenitude! De repente fez-se o clic! Cheirava mesmo, mas mesmo, mesmo, MESMO a Lázaro, cheirava à casa da avó de Lázaro! Foi o recordar, o recuar à minha infância e absorver o aroma da cozinha, foi o reviver do amor e do acolhimento que aí sempre se viveu, foi um retorno ao passado numa saudade saudável, sem apegos, sem tristeza, apenas uma maior vivência desse amor que, mais uma vez ficou provado, jamais se perde quando real. Não sei se foi a avozinha que “me visitou”. A princípio pensei que talvez fosse, mas logo quem me acorreu ao pensamento foi a mãezinha. Foi, foi uma visita de amor da minha mãe, sem tristeza, apenas AMOR. Foi, talvez, uma manifestação da dissolução de densidades, uma maneira de me fazer ver que estamos mais perto do que nos apercebemos da mudança de paradigma, que estamos realmente a vibrar em dimensões acima das 3D.


De Maria La-Salete Sá (01-02-14)

DOCE INCONSCIÊNCIA


Dói o coração numa dor tão intensa
Quando o amor que se tem está ausente...
Choram de felicidade as almas apaixonadas
Quando toda a ternura sonhada e desejada
Está conjugada e bem presente...

E este querer que fere, maltrata, endoidece
Faz do sábio um ignorante,
Do analfabeto um sapiente,
Traz à gente consciente
A doce inconsciência de dar...
...................................e receber...
.....................................AMOR!


De Maria La-Salete Sá (19/12/1987    01:25 h)

segunda-feira, 3 de março de 2014

HINO À VIDA


Que grito será este,
que ecoa fundo em meu ser,
que dói, magoa
e tanto faz sofrer?!

Será grito de raiva,
contida e acovardada,  
ou da liberdade,
à força conquistada.   

Será grito de criança,
que a guerra viu nascer,
ou daquela, ali ao lado,
que à fome vai  morrer.

Será grito de mulher,
que fez um aborto,     
ou  daquela outra,  
que pariu um nado-morto.

Será o grito da natureza,
que se agita renovada,
ou das entranhas da Terra,
por mil garras esventrada.


Será grito de amor,
que chega em ondas de prazer,
ou de dor, pela paixão,
cuja chama está a morrer.

Será grito de agonia,
anunciando a morte,
ou ,talvez da própria vida,
entregue à sua Sorte. 


 De meu marido, Indaleto Silva (07/02/2014)

BOM DIA

Por entre as nuvens chorosas
Um raio de sol espreitou...
E sorridente penetrou
Na friesta
Da minha janela...
Acariciou meu sono,
Beijou meu rosto
Estendeu-se num abraço de carinho,
Penetrou meu coração,
Alojou-se,
Refletiu,
Expandiu-se...
Fez-se mil raios de ternura...

Já não é um raio de sol
Que brilha no meu coração,
É um mensageiro de alegria,
Um sol intenso de amor,
Fazendo desse abraço de carinho
O meu abraço de Bom Dia
A percorrer mil caminhos
Para chegar aos corações
Dos meus amigos.


SEJAM E VIVAM FELIZES, SEMPRE COM UM SORRISO DE PAZ E HARMONIA!

De Maria La-Salete Sá


QUANDO A POESIA SE FAZ PRESENTE


Quando a poesia se faz presente
E se vive e se sente
Não há espaço para ausências...

Quando a poesia se faz presente
E se vive e se sente
Ausências já são presenças...

Quando a poesia se faz presente
E se vive e se sente
Amores e desamores
Viram partilhas,
Em sentimentos espalhados
Que desenham emoções...

Quando a poesia se faz presente
E se vive e se sente
O mundo ganha mais cor,
E resplandecente de amor
Cria cenários de magia...

Quando a poesia se faz presente
E se vive e se sente...
... Derruba barreiras,
Ultrapassa fronteiras,
Faz-se alegria!

De Maria La-Salete Sá (03/03/2014)

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