segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

TABERNÁCULO DO AMOR

 No aconchego do meu silêncio

sou vida pulsante,

alma cantante,

melodia de amor…

 

sou o tudo dentro do nada,

sou vida revisitada,

sou flor, fruto e semente,

 

sou jardim com fragrâncias das esferas

 aspergidas em nuances de novas

e brilhantes cores a florir.

 

Sou a vida que nasce,

cresce e se renova

neste eterno bailado de SER…

 

Neste aconchego assim silencioso

não falta a brancura da paz

nem o verde da esperança…

 

… este silêncio é santuário,

é tabernáculo

onde o amor se faz AMOR…

 

…tão somente AMOR…

…sem necessidade de palavras…

 

… simplesmente AMOR …

 

Maria La-Salete Sá (21/01/2024)

 


quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

ENERGIAS PARASITAS...

 Sinto que, à minha volta, pairam energias densas que me sugam… que me sugam e deixam não só exausta, como causam alterações no meu ritmo biológico, . Além disso, ou por isso, também o meu ritmo respiratório se altera, por vezes tenho a sensação de que o ar não chega em pleno aos pulmões, o que me obriga a parar e fazer uma inspiração profunda antes da expiração que deveria estar a acontecer…

Da gripe que resolveu visitar-me sem ser convidada, praticamente já me livrei, problemas que me causem ansiedade ou desconforto também não tenho, o que me leva a concluir que há energias intrusas, talvez a precisar de ajuda (ou não) que assim me deixam…
E, ao pensar nisto, lembrei-me de um texto/poema que escrevi há uns tempos relacionado com uma baixa anímica provocada por energias externas, mas então eu conhecia mais ou menos a causa, hoje não conheço… Caiu assim sobre os meus ombros este quebranto, sobre o meu corpo este cansaço, vindo não sei de onde nem de quem…
No meu trabalho de meditação tive a presença e ajuda do Arcanjo Miguel e já me sinto bem mais leve, sei que muita coisa foi removida, limpa e transmutada, mas o trabalho ainda não acabou…
Veremos como estarei amanhã…
Maria La-Salete Sá(17/01/2024)
Hoje,18 de janeiro, depois do meu trabalho de meditação, já m sinto EU!
E fica aqui o poema do qual falei:
“CANSAÇO ENERGÉTICO
Cansada, cansada, cansada...,
energias misturadas,
densas ou densificadas...
meus olhos querem fechar,
meu corpo pede repouso,
e eu quero ficar...
ficar quieta,
mas alerta...
quero descobrir de onde chegou o cansaço,
que porta é que se abriu
que coisa em mim se alojou
que tão cansada me deixou...
E digo-me que até sei,
sei muito bem que porta se abriu,
sei muito bem o que entrou...
e porque entrou...
entrou porque abracei em partilha
as dores e as tormentas de uma vida
a quem a vida maltratou...,
entrou porque fui ajuda
de quem de mim precisou...
Maria La-Salete Sá (14/04/2014)




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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

RELATO DE UMA NOITE DE INSÓNIA

 

Ontem, depois de uma tarde passada entre Espinho e Porto, cheguei a casa cansada. Pensei deitar-me cedo, mas veio uma coisa, veio outra e outra e… fui dormir já depois das 23horas. Adormeci quase de imediato, mas acordei às 01:47h para ir à casa e banho e o sono evaporou-se. E quando a noite nos mantém reféns da insónia há que escolher como valorizar o tempo em que o sono anda ausente.

Assim, entre outras coisas, como “contar carneiros”, cantarolar em pensamento, deixar-me invadir por ideias irrisórias…, situações que não acalmaram a minha ansiedade de não conseguir dormir, então decidi-me por uma saída mais frutífera, conexão comigo, com a minha divina Presença Eu Sou, tentando olhar o mundo à minha volta e orar.

Ao olhar o mundo, ao ver o caos em que está mergulhado, veio a vontade de pedir pela Paz, pelo Amor, pela Luz, pela Humanidade. E não sabia como fazer, pois, também acredito que este caos é o necessário para que se dê a transformação, a mudança de paradigma. Além disso também sei que desde os “sofredores aos vilões”, todos estão a cumprir o seu papel kármico e dármico, são os atores no palco desta vida. Posso parecer insensível (e por vezes assim me sinto), mas como não quero interferir no plano cósmico/divino sinto-me, tantas vezes, perdida, sem saber como agir… E ontem, na minha vontade de orar, questionei-me e concluí que não sei orar sem interferir no livre arbítrio dos “sofredores e dos vilões” (pelo menos ontem não soube). Então limitei-me a pedir Luz, a pedir que mais e mais seres se abrissem à Luz do Amor, que mais e mais seres despertassem de modo a que a Terra possa ser um planeta de LUZ. Talvez por ter sido um pedido profundo da alma, miríades de pequeninos focos luminosos começaram a ganhar forma na minha tela mental, uma pura manifestação de Luz. Uns ampliavam-se formando grandes balões de luz, movendo-se em várias direções, enquanto outros continuavam pequeninos, parecendo uma chuva de estrelas. Invoquei Jesus pedindo que nos iluminasse e logo a sua imagem se fez presente aspergindo Luz e Amor em feixes de uma luminosidade intensa, branca cristalina. Durou uns segundos e novo cenário se formou. Entre os pequenos focos de luz que sempre estiveram presente e sempre em movimento, surgiram por esta ordem, Mestre Kutumi, Mestre Mória, um arcanjo com vestes guerreiras, talvez o Arcanjo Miguel, como guerreiro da Luz e Mestre Confúcio. Dissipados os rostos, eis surgem, agora sem focos de luz, gravuras egípcias, entre elas paredes pintadas, outras completamente preenchidas com hieróglifos e várias tábuas escritas, atrás das quais estava Anúbis.

Acabei por aqui. Agradeci aos Mestres que se fizeram presentes, ao Arcanjo Miguel e ao nosso Mestre Maior, Jesus e fiquei-me a “digerir” as mensagens implícitas nas imagens. Acredito que os imensos focos luminosos (os que se ampliavam e os mais pequenos) foram a resposta ao meu apelo: há uma grande massa a despertar e a parte final, o Anúbis, a “confirmar” a necessidade do caos, ele como o deus da morte e da mumificação, está a acompanhar aqueles que estão a partir, a acabar o seu contrato desta vida. E as tábuas, os hieróglifos levaram o meu pensamento para a queda das antigas civilizações por mau uso do poder, ou seja, o que agora está a acontecer… talvez estejamos mais perto do que julgamos de uma alteração profunda tanto a nível espiritual quanto a nível físico. Os tsunamis, as erupções vulcânicas, as tempestades…, todos esses cataclismos são a forma da Mãe Natureza limpar, as próprias guerras, por muito injustas e cruéis que sejam e se apresentem, levam desta vida os/as que se dispuseram a passar por esse desfecho, os “mandantes” são o “motor” para que se cumpra o “contrato” dos que perecem…

Julgá-los? Não. Ter compaixão, abraçá-los no Amor? Sim. Fácil?! Também não, mas é preciso manter viva a consciência de que todos, de vida em vida, ao longo de éons de existências já fomos os vilões, os heróis, os assassinos, os puros, os carrascos, os penitentes, os injuriados, os injuriosos…

Abri os olhos, olhei o relógio, eram 5h 37m. Fui novamente à casa de banho e depois dormi até às 8h 30m.

 

(09/01/2024)

 

HOJE... ESTOU-ME AUSENTE...

 

Hoje estou-me ausente…

Não sei em que encruzilhada me afastei… olho-me e não me reconheço…

…A que estou não é quem sou e meus passos, por mais que ande, não me conduzem a lado algum…

 

Hoje estou-me ausente…

sim, ausente,

mas preciso urgentemente de me encontrar,

não quero nem posso continuar parada na beira do caminho…

… porque…

… nesta ausência de mim,

na incapacidade de me reconhecer,

uma angústia vai nascendo, crescendo…

 

Hoje estou-me ausente…

… sou a criança perdida, perdida e indefesa no bosque da solidão…

procuro a mão carinhosa do Pai, o aconchego do colo da Mãe…

Preciso do afago que me permita e ajude sair deste não ser…

que não sou…

… até que me reencontre no SER que EU SOU…

 

Maria La-Salete Sá (12/01/2024---17h18m)



quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

DO CÉU DESCEU…

 

 Do céu desceu uma faúlha

pequenina,

fulgurante.

 

Veio até mim,

alojou-se-me no coração…

aspergiu o bálsamo do amor,

fez cintilar o brilho da paz

e entoou a música das esferas,

o som do infinito…

 

Parou por momentos…

… depois,

tal bailarina florescente,

cortando os ares em etéreo e doce bailado,

partiu…









TEMPOS PERDIDOS


 

Esperando o tempo ser tempo

tempo de viver,

de ser, de estar…

… esperando,

esperando…

 

E em espera constante

nem sempre se vive,

nem sempre se é,

nem sempre se está…

…porque

na espectativa do tempo

gasta-se o tempo

em tempos perdidos,

em tempos mortos …

 

Depois…

quando olhamos o tempo

descobrimos

já fora de tempo

o tempo que perdemos…

… sem estar,

sem ser,

sem viver…

 

Descobrimos então

como foi grande

a perda do tempo…

 

 

tempo desaproveitado,

de vida… esquecido…

 

Maria La-Salete Sá