terça-feira, 27 de novembro de 2012

JOSÉ SEPÚLVEDA



Jardineiro de palavras e emoções
Onde prosas e rimas se cruzam
Sempre atento a este belo espaço
E às “postagens” dos que o usam…

Semeando alegria e humor
Espalha incentivo ou louvor,
Partilha amizade e poesia
Unicamente pelo prazer da magia
Levada aos amigos dia após dia.
Vejo-te e sinto-te assim, meu irmão…
Entrei no Solar por amor à escrita
Descobri-te amigo, reparti poemas,
Alegrias e emoções…



Já não és mais amigo virtual,
És amigo real, amigo do coração…,
Porque para se ser amigo…
…basta sê-lo!

Obrigada!


QUASE, QUASE LUA CHEIA… SÓ FALTA UM DIA!




A noite já chegou,
O céu já estrelou
E quase, quase é lua cheia,
É já amanhã, só falta um dia!
E, como que por magia,
Poisei na lua,
Colhi uma estrela,
Caí na areia,
Fui sereia…
Entrei no mar,
Num mar de amor,
Num mar sereno, cheio de paz.
Ouvi, num sussurro de Imanjá,
Que todas as estrelas do céu
E todas as estrelas do mar
Se aliaram à lua quase cheia
Para que todos os meus amigos
Tenham uma noite tranquila,
Plena de harmonia.
E do céu a lua me disse
Que quem viver esta magia,
Sempre recordará,
Às vezes com melancolia,
Outras com total alegria
A noite em que…
Alguém pousou na lua,
Colheu uma estrela,
Caiu na areia
E foi sereia…

(… ainda que só por vontade
de desafiar a realidade
e imaginar… imaginar… imaginar
que tudo foi verdade.!!!...)

De Maria La-Salete Sá   (27/11/12  01H 05M)





MINHA CANETA




Zangou-se comigo a minha caneta,
Ela que sabia ser a minha caneta
Predileta…
Ela, a minha caneta

Cor de violeta,
A caneta da minha cor predileta
Estava zangada comigo!…
Tão zangada que nem escrevia.
Não escrevia nada…
Nem sequer uma letra,
Nem um rabisco…
Nada, mesmo nada!
E, intrigada,
Perguntei-lhe a razão.
Também triste pela situação…
Algo sentida respondeu:
“Se estou triste e sinto dor…
A culpa é tua e do computador…
Deixaste-me abandonada
E minha tinta secou.”
“Então
Que posso eu fazer
Para voltares a escrever?”
“Só preciso de tinta,
Um pouco mais de carinho
E algum respeito…”
E um pouco sem jeito,
Fiz-lhe um miminho
E fizemos as pazes.
Não abandonei o computador,
Mas a caneta está presente,
Sempre aqui ao meu lado.
Às vezes até dá “dicas”
Para as minhas escritas.
Se a inspiração se esconde
A caneta escreve ou risca
O que me servirá de pista
Para escrever no computador.
Assim,
Computador e caneta,
Caneta e computador,
Trocam ideias, são amigos
Nenhum está em desfavor,
Nem em desamor.

“Ah!, minha tão linda caneta,
Não te zangues mais comigo
Caneta cor de violeta,
Minha tão linda caneta!”

De Maria La-Salete Sá (26/11/12)


ACRÓSTICO (recente)







Mente irrequieta, desvendando mistérios,

Alimento de luz e amor, assim sou eu

Renovação constante de ser e mais ser…

Integrada já estou na vida que vivo,

Amo e partilho o que a vida me deu.


Levo na alma uma centelha de luz,

Abro meu coração ao amor.

- Mesmo quando me sufoca a dor.-

Sou eu mesmo assim, que vivo a sonhar,

A Salete, menina e criança - uma só,

Livre para brincar e fabricar magia…

Eternamente criança, mas também avó

Transformo meu mundo a cada momento

E ao meu redor espalho alegria.


Fabricante de histórias de encantar,

Remexo e remexo… no baú da fantasia…

Anjos, fadas, bruxas e animais falantes,

Nemos, Gullivers, Merlins e Morganas,

Capitães, navios piratas em alto mar

Improvisam as cenas, baralham as deixas…

São meus heróis nesta coisa de inventar.

Correm e brincam em perfeita harmonia

Aqui, neste meu mundo de fantasia…


Dispo-me de mulher, visto-me de criança,

Entro no sonho, volto à infância…


Sou garota cheia de ilusões, sou traquina

Alimento meus sonhos, sou a menina!

FILHO DO MAR




Nas areias brancas da praia

Brincando ao faz de conta,

O menino sonhava.


Sonhava que era gaivota,

Gaivota livre, a voar,

Gaivota, filha do mar…


E o menino sonhava,

Sonhava…


E no sonho ganhou asas,

Ganhou penas,

Ganhou bico,

No sonho…

Foi filho do mar…


Entrou nas águas,

Mergulhou,

E no mergulho acordou…

Mas voltou a sonhar.


Sonhou que era peixe,

Logo depois uma alga,

Uma anémona,

Uma rocha…


Como era bom ser filho do mar!


O mar visitou seus sonhos

E, feliz, beijou-lhe os pés,

O menino deitado na areia,

Logo, logo foi sereia.

Sereia cheia de encantos,

Sereia de amor e magia

Foi canto, foi alegria,

Nesse sonho fantasia…


E quando a mãe chamou

Para que fosse ao mar,

O menino acordou…

Já não era sereia,

Nem rocha,

Nem anémona,

Nem sequer alga ou gaivota,

Mas era um menino feliz,

Sentindo-se filho do mar!



De Maria La-Salete Sá

FILHO DO MAR 2




Nas areias brancas da praia

O menino, brincando ao faz de conta,

Sonhava…

Sonhava que era gaivota,

Gaivota livre que voa,

Gaivota filha do mar.


E no sonho ganhou asas,

Ganhou bico,

Ganhou penas,

Foi gaivota, filha do mar.


A gaivota mergulhou,

No mergulho acordou

Para voltar a sonhar…


Logo, logo foi peixe,

Depois alga,

Anémona,

Rocha!


Agora, deitado na areia,

Não era menino, era sereia!

Sereia de encanto e magia,

Ser de luz e de amor!


E quando a mãe o chamou,

Quando o menino acordou

Desse sonho-fantasia

Já não era gaivota

Não era peixe,

Não era alga,

Nem anémona,

Nem rocha sequer.


Mas trazia o encantamento

Da sereia,

E a magia

De ter sido por momentos

Muito mais do que um menino…


Sentindo-se eternamente

Um filho do mar…



De Maria La-Salete Sá

NOITE DE SONHO




Olhei o céu da minha cidade
e, de olhos brilhantes,
sorriso de prata,
a lua cheia olhou para mim…
pensei que sonhava,
mas ela cantava!

E em suaves acordes,
como que por magia,
dela ouvi uma linda melodia!
Foi mensagem de ternura,
mensagem para divulgar,
ela cantou para mim,
para que vos cantasse
essa canção de embalar:
“Hoje é noite de sonho,
de bruxas voando à solta
montadas em vassourinhas…
Mas as fadas que estão por perto,
também são bruxas, bruxinhas,
brincando às travessuras,
e distribuindo doçuras.
Bruxas ficaram fadas,
fadas ficaram anjos,
anjos ficaram crianças.
E crianças brincam na noite,
nesta noite de luar
onde o medo se perdeu
e a alegria paira no ar!”

De Maria La-Salete Sá

BOM DIA



Ainda meio ensonada ouvi um leve esvoaçar sobre a minha cabeça e senti uma suave brisa a envolver-me. Abri os olhos e  vi o Anjo dos desejos partir (ia com certeza para os países do outro lado do globo, onde agora a noite cai). Sorriu e deixou comigo este “recado ilustrado”, não só para mim, mas para repartir convosco.
Faço meus todos os desejos do Anjo dos desejos.
Tenham um BOM DIA, meus amigos,
Kiss, kiss em vossos <3 <3 <e <3 ….

BOA NOITE


Fui à janela para fechar o estore, e vi que uma suave neblina se aproximava, como se quisesse alojar-se no parapeito. Parei observando o que parecia uma ténue mancha brilhante envolta nessa neblina que vinha direta à minha janela.
E sabem o que aconteceu?! De certeza que nem imaginam! Não, não era uma neblina, era o Anjo dos desejos que queria saber qual o meu desejo para esta noite (é que ele também é o guardião do sono e o arquitecto dos sonhos). Então pedi-lhe que abraçasse, abençoasse e enchesse de paz e dos sonhos mais lindos a noite e o sono de todos os meus amigos.
Ele acedeu de boa vontade, mas salientou que cada um tem que se permitir sonhar e entregar-se aos seus próprios sonhos.
Fiquem então com o Anjo dos desejos, do sono e dos sonhos.
Tenham uma boa noite!

De Maria La-Salete Sá

PALAVRAS CRUZADAS




Há palavras que mesmo sozinhas dizem muito,
um muito que pode ser tudo…
ou um tudo que pode ser nada.
Podem até ser palavras simples,
algumas suaves e eloquentes,
outras ásperas e cortantes.
Palavras que valem pelo que são
quando ditas,
escritas,
pronunciadas
no lugar que lhes é destinado
de ante mão…
Mas…
se por obra de algum acaso,
um acaso marado
ou simplesmente um qualquer acaso
essas palavras se cruzarem
em caminhos que não os seus…

Se por um mero acaso
se der esse caso…

Ai!, que as palavras cruzadas,
de suaves  e eloquentes,
de ásperas e até cortantes
misturadas em sensações,
em sentimentos e emoções
que até então não lhes diziam nada…
essas palavras
assim cruzadas,
do caminho desviadas
ficam tão baralhadas…

… que vá lá a gente saber
Como e o que fazer
Para as tirar dessa embrulhada…


(Mais vale pensá-las antes
de as dizer,
de as escrever…

“não vá o diabo tecê-las!”

De Maria La-Salete Sá (18/11/12)


FAMÍLIA




Família é mais do que uma simples palavra,
Família é mais do que um mero conceito.
Família é dar sem exigir,
É amar, cantando a alegria,
É amar, partilhando a dor,
É amar até só por amar…
Família é…
Numa vida, muitos corações,
Num coração, muitas vidas.
Família é…
Uma fonte de água pura
Onde se misturam emoções.
Família é…
Um elo que se estende
Na vida que perdura.
Um laço que une
Na alegria e na dor
Família é…
Simplesmente AMOR.

De Maria La-Salete Sá

NÃO SE VIVE SEM AMOR




Bem sentada no meu sofá,
Olhei de frente para mim,
E, como se eu me fosse ausente.
Conversei comigo, assim:

Diz-me lá, minha menina,
Tu que julgas muito saber,
Qual é a coisa imprescindível
Para se ter um bom viver?

E a outra, que até sou eu,
Respondeu sem hesitar,
Para viver, mais do que existir,
É necessário saber amar.

Pois então, saibamos amar!
Pois então, saibamos viver!
E que saibamos distribuir
Presentes de bem-querer.

De Maria La-Salete Sá

NA ROTA DA VIDA




Na rota da vida descubro horizontes,
Invento sonhos, desvendo mistérios…
Na rota da vida sou caminhante,
Peregrina de rumos incertos,
Inventados, momento a momento…
Sou caminhante na estrada do sonho,
Trapezista,
Equilibrista.
Mas, se o sonho se perder no sono,
Ficarei suspensa na corda bamba,
Suspensa, parada…
À espera…
Até que o sonho ganhe vida,
Até que o sonho saia do sono…
… E me acorde…
… Para que siga a rota da vida
Sem medo de me perder,
Sabendo que essa é a estrada
Que me leva ao encontro do SER

De Maria La-Salete Sá

VEM FADINHA DO SONHO, VEM…




Vem fadinha do sonho, vem,
Vem, que o sono já espreita
E tu sabes que …
Tenho medo de adormecer no escuro,
Medo de dormir sozinha,
Medo do papão…
Vem fadinha do sonho, vem,
Dorme ao meu lado,
Dá-me a tua mão,
Leva-me contigo num embalo
Para terras muito além…
Leva-me ao país da magia…
Vem, vem fadinha
Para que não durma sozinha.

Vem, fadinha, vem…

De Maria La-Salete Sá

ESTRELA CADENTE



Da janela do meu quarto
Vi uma estrela brilhante.
Era uma estrela cadente,
Estiquei o braço, agarrei-a…
Já não era estrela,
Era um anjo de luz!
Encheu meu coração de paz,
Encheu meu ser de amor!
Afagou minha alma
E eu soube que ela ia partir…

“Que pena!”- murmurou meu pensamento,
“Se ao menos me deixasse um pouco da sua luz…”

E o meu anjo voou,
Mas na minha mão deixou
Um ponto brilhante,
Uma partícula de luz.

(Para mim? Só para mim? Não!
Para distribuir pelos meus amigos, para que tenham sonhos luminosos! E aqui vos deixo o rasto da minha estrela cadente.)

QUANDO QUIS VESTIR MEU POEMA…




Quando quis vestir meu poema
Com roupagens de jardim,
Parei, pensei, indaguei:
Que flor escolherei?
São tão belas todas elas,
Rosas brancas, amarelas?
Violetas ou jasmim?...
Cravos, petúnias, gerberas?…
Junquilhos ou outras que tais?…
Tantas flores sorridentes,
Coloridas, perfumadas,
Lindas e naturais…
Mas… meu poema é tão simples,
Tão humilde, tão só ele…

Então o que fazer?
Vou levá-lo ao jardim,
Pedir-lhe para escolher.

E o meu humilde poema
Depois de olhar em redor
Escolheu um lírio campestre,
Flor roxa, flor silvestre,
Lírio roxo, cor da paixão…

Com ele vesti meu poema!
E que lindo que ficou!
E o lírio roxo, desde então,
É a minha flor de eleição.