domingo, 8 de junho de 2014
SONHO...
A tua vida é um poema
belo... tão belo que escrevi
e desconheço...
O teu sorriso é uma pétala
branca... tão branca que me atrai
e cega...
O teu andar é um movimento
calmo... tão calmo que me extasia
e aproxima...
Tu... tu és uma sombra
serena... tão serena que adormeço
a olhar-te...
... e fico, noites e noites, contigo a sonhar!
De Maria La-Salete Sá (25/09/1972)
sábado, 7 de junho de 2014
HORAS TARDIAS... SILÊNCIOS IMPOSTOS...
Em tempos de “MAL AMADA”
Horas tardias, silêncios impostos,
solidão pungente nesta alma inerte
faz de mim a esquecida
nesta existência agreste...,
sou mulher vazia, casada e oca,
estéril de amor, de família fictícia,
esperando (na utopia) o homem marido
longe de mim, com a noite casado...
Só a noite,
boémia e escura,
que lá fora o agita,
que lá fora o agita,
lhe dá vida e prazer...
em casa somente coabita
esse marido tão longe de o ser...
Horas tardias de silêncios impostos
marcam meu rosto no desalento...
sou mulher sozinha, casada com a sombra
e que na noite tão escura...
não sei se vai, não sei se vem,
não sei se sou, não sei se é...
Somente sei que o amanhã vai chegar,
outro dia sem ser,
outro dia de "fazer de conta"
que será dia de viver...
Mulher sozinha, casada-viúva
atormentada pela solidão pungente
em casa somente coabita
esse marido tão longe de o ser...
Horas tardias de silêncios impostos
marcam meu rosto no desalento...
sou mulher sozinha, casada com a sombra
e que na noite tão escura...
não sei se vai, não sei se vem,
não sei se sou, não sei se é...
Somente sei que o amanhã vai chegar,
outro dia sem ser,
outro dia de "fazer de conta"
que será dia de viver...
Mulher sozinha, casada-viúva
atormentada pela solidão pungente
em horas tardias de silêncios impostos.
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