sexta-feira, 25 de outubro de 2013

HOJE…VOU PARAR


Vou parar.

Mas vou mesmo parar!

Parar este correr alucinante contra o tempo,

ou talvez parar o desejo de ser maior que o tempo…

Eu que penso ter sempre tempo,

tempo para tudo,

tempo para todos…

E não é que tenho tido esse tempo?

Tempo para os outros,

tempo para tantas coisas,

mas…

E o tempo para mim?

Onde fico eu?

Onde fiquei eu?

Fiquei… parada no tempo,

à espera de tempo que não veio,

do tempo que não teve tempo

para o afago,

para o miminho de mim para mim…

Hoje vou olhar-me,

saborear cada momento,

comigo sempre presente,

mesmo fazendo partilha

deste meu tempo…


Hoje eu vou ser o tempo,

o meu tempo,

o tempo do meu tempo…


Hoje vou amar mais do que amar,

porque hoje é o eterno momento do agora,

é o eterno presente

do tempo intemporal

onde SOU e onde estou…


… HOJE


De Maria La-Salete Sá (25/10/2013   12:14h)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

VALEU A PENA



Valeu a pena
esquecer a casa, família, afazeres
e partir
com rota premeditada
mas ao sabor da aventura.
Valeu a pena
a alegria, o carinho, o aprender.
Valeu a pena
o fugir da rotina
e viver no CRESCER.

De Maria La-Salete Sá
(Penso que isto deve ter sido escrito aí por 1993 no primeiro contacto que tive de Projeciologia e Conscienciologia

e está "virgem", sem correção, exatamente como mostra a digitalização do original.)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

POBRE SAPATO

Aquele sapato calcado,
roto e pobre sapato,
cansado de tanto andar,
cansado de tanto pisar,
de pisar...,
cansado de ser pisado...

Pobre sapato!
Fez um buraco na sola
e nem sequer brincou,
nem sequer chutou a bola...

Pobre sapato!

Agora é um sapato triste,
desconsolado,
roto e esfarrapado...
naquele canto
abandonado...

Pobre sapato!

De Maria La-Salete Sá (17/10/2013  16:10 h)

imagem retirada do google

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Em tempos de "Mal amada"...



 Horas tardias, silêncios impostos,
solidão pungente nesta alma inerte
faz de mim a esquecida
desta existência agreste...,
a mulher vazia, casada e oca,
estéril de amor, de família fictícia,
espera (na utopia) o homem marido
casado com a noite.
Só a noite, boémia e escura,
lá fora o agita, lhe dá vida e prazer,
pois que na casa apenas coabita
esse marido tão longe de o ser...
Horas tardias de silêncios impostos
marcam meu rosto no desalento...
Mulher sozinha, casada com a sombra
e que na noite tão escura...
não sei se vai, não sei se vem,
não sei se é...
Só sei que o amanhã vai chegar,
outro dia sem ser,
outro dia de "fazer de conta"
que será dia de viver...

Mulher sozinha, casada-viúva
atormentada pela solidão pungente
em horas tardias de silêncios impostos.

De Maria La-Salete Sá (19/02/1989 02:37h)

QUESTÕES...SÓ QUESTÕES...

Ontem afirmei-me a Lete da verdade!
Ontem era a Lete da verdade,
hoje fui a Lete da verdade.
E agora?
Onde está a Lete e onde está a verdade?
Porque me sinto novamente perdida,
porque não sei definir a minha vida,
porque tenho medo do adormecimento em que estou?

Quem sou eu?
Que mundo é este em que vivo?
Porque me deprimi desta maneira
se não encontro motivo suficiente para a depressão?

Porquê?
O que sou?
Quem sou?
Já não pergunto o que espero da vida,
mas...
que espera a vida de  mim?

Eu procuro respostas,
a vida põe-me questões
às quais não sei responder...
Ai, vida, dá-me respostas,
diz-me o quê,
para quê
e o que esperas de mim...

De Maria La-Salete Sá (22/04/1986)


ESTA VIDA DOS PORQUÊS

Porque me sinto deprimida
se sei que me rodeia a felicidade?
Porque me vejo tão só,
se amo, sou amada e sou feliz?
Porque estou abatida
se trago no ventre o filho que sempre desejei?
Porque me sinto triste
se sou a mais feliz das mulheres?
Porquê?
Porquê,se tenho um bom marido,
se a minha vida é a mais bela,
se o meu filho, o mais amado?
Porquê?!
Ah! Esta vida dos porquês...!

De Maria La-Salete Sá (28/03/1975)

---imagem do Google-----------

REVIVENDO...

Quanta saudade meu amor!
A minha mente enche-se de ti,
das horas plenas que vivemos
e sinto chegar a solidão...
Mas revivo!
Ao reviver já  não estou só,
corro a aninhar-me em teus braços,
sinto-me apertada,
acariciada,
aconchegada ao teu corpo viril...
e continuo a sonhar...

Como vês já não estou só!
E nem sempre a saudade é amarga!
E hoje, longe de ti,
ao ver chegar o aniversário da nossa união
já não estou triste com a tua ausência...
Tu estás aqui
a beijar-me com ardor,
a acariciar-me levemente
e eu sorrio...
..............para não ficar só...

De Maria La-Salete Sá (07/12/1978)

DEIXA-ME ENTRAR...

 


  Meu amor...
..............que procuro no limiar do sonho,
..............que encontro por entre a bruma,
..............que povoas o mundo que sou eu....
Onde estás?
..............Não vês que estou só,
..............que te anseio,
.............. que sufoco neste silêncio?
Meu amor...
..............tu sabes quem sou e que te quero,
..............vem preencher o vazio que há em mim,
.............. abre as portas do sonho...
..............................Eu estou lá, eu estou cá,
..............no real, no imaginário...

Meu amor...
.......abre as portas do sonho
..............e deixa-me entrar...

De Maria La-Salete Sá (30/08/1995 01:40 h)