quarta-feira, 24 de maio de 2017

ABRAÇOS…

Tantos braços
em abraços
repartidos…

Abraços de saudade,
abraços sentidos
de emoções…
abraços abrigo
de carinho
ou desilusões…

Tantos braços
em abraços
repartidos…

abraços
que transportam ilusões,
que acalmam corações…

São abraços
de mitigar a saudade,
de amar de verdade…

São braços
em abraços
de fraternidade!


Maria La-Salete Sá (24/05/2017)

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MEU SONHO

Meu sonho
deitou-se ao relento,
adormeceu,
viajou
nas asas do vento…

Meu sonho
perdeu-se em lonjuras,
e percorreu alturas…
desceu à terra
subiu a serra…

Meu sonho


mergulhou no mar,
brincou,
sorriu,
pôs-se a cantar…

Meu sonho
cansado de viajar
acordou sereno
em ninho ameno
espelhado no mar…

Assim acordado
sentiu o afago
de um  amor total…
e deixou-se ficar
nesse enlevo
de aconchego…
…maternal…


Maria La-Salete Sá (23/05/2017)

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quinta-feira, 18 de maio de 2017

BALANÇO

Foram meses, foram dias, foram horas,


foram tempos em que nos tempos me perdi e reencontrei,
foram tempos em que a vida me ensinou o que guardar,
o que aprimorar, o que rejeitar, o que dar, o que retribuir...
Foram tempos de mudanças, de fins e recomeços,
tempos de mergulhar na intimidade da alma
e distinguir entre impulsos do ego e orientações da essência...

Foram meses, foram dias, foram horas... foi um ano...
Um ano de trabalho interno, de enfrentar fantasmas,
de anular preconceitos,
de reconhecer no outro os meus defeitos,
de descobrir a unidade
no emaranhado dos preconceitos,
no aparente desmoronar da vida...
pelo choque de conceitos e preceitos...

Foram meses, foram dias, foi um ano,
foram tempos de horas paradas,
tempos de horas agitadas
de turbulências fragmentadas...
fazendo-me crer e sentir
que só eu sou a responsável
pelo desenrolar da minha vida.

Maria La-Salete Sá (dezembro de 2016)

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quarta-feira, 17 de maio de 2017

HOJE, NA ESCOLA ESPINHO 3



 Hoje o meu dia foi intenso, tão intenso que só agora parei um bocadinho! Mas foi de uma intensidade MUITO GRATIFICANTE, pois passei a manhã na Escola Espinho 3 com alunos de 3º e 4º anos na apresentação de Corrupio de Palavras. E o contacto com as crianças, a forma como elas interagem, tudo isso é de uma riqueza incrível!
Como disse foi uma manhã cheia! Saí de lá com a alma repleta das mais diversas emoções, todas elas positivas, cheias de vida! Era tanta a energia que me preenchia que senti necessidade de me soltar, necessidade de ar livre, de natureza! E não pensei duas vezes, mal acabei de almoçar meti pés a caminho e fui visitar o meu grande amigo, o mar! Sentada no paredão com ele partilhei esta energia, sentada no paredão dele recebi outra energia!
Agora aqui estou também a partilhar convosco, porque mais do que amigos, sois uma dádiva da vida.
Abraço-vos nesta e com esta energia, amigos do <3!

terça-feira, 16 de maio de 2017

DEVAGAR… O SONO VEM CHEGANDO

Devagar, devagarzinho,
sorrateira a noite caiu…
de mansinho…
Devagar, devagarzinho,
o sono lentamente
vem chegando…

Já espreita o duende do sono,
já brilha a estrada do sonho…
E eu aqui… a querer dormir…
Mas não posso sair
sem antes deixar meu abraço,
um abraço feiticeiro,
cantiga de embalar…

E neste abraço de luar
que me convida para o sonho…
deixo-me levar…
talvez visite as estrelas,
talvez me torne uma delas…
talvez…
talvez…
já esteja mesmo a sonhar!

Maria La-Salete Sá

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FLOR-AROMA-POEMA

Depois da semente lançada o Universo acordou,
a vida bocejou e…
Espreguiçando-se em sorrisos…
lânguidos de amor e gratidão…
doce, docemente
foi surgindo uma flor, a flor da vida.
É uma flor de seis pétalas
irradiante de rara beleza
matizada nas cores do amor…
São pétalas de uma flor,
de uma  flor-aroma-poema
que a simplicidade da vida regou
e no jardim da harmonia
brotou…

Então o Universo, assim como a vida
sorriram também
e com alegria em risos rasgados,
às flores se juntaram e mais semearam
para verem a Terra como um jardim
de flores-aroma-poema
tão grande,
tão belo
um poema sem fim…

De Maria La-Salete Sá (16/05/2017)



sábado, 13 de maio de 2017

REFLEXÃO…


 É tempo fulcral de avançar no caminho, é tempo de Wesak, de portal de Lua Cheia  de Touro… é conjugação astrológica que incita a olhar os nossos medos, os nossos apegos, o que trazemos na bagagem , colados à aura e à alma e que hoje já não nos servem mais… É tempo de refletir, de deixar fluir, compreender e deixar partir, é tempo de…, é tempo…, mas…, mesmo sentindo a chegada, a presença ou até o peso da bagagem, por mais que tente não sou ainda capaz de ter alguma clareza sobre o que me vai sendo dado a ver ou a vivenciar…
Em meus sonhos percorro caminhos nos quais sempre me perco… Embora os locais e a forma como me movimento no terreno variem de sonho para sonho, o final é sempre o mesmo… Têm sido noites e noites com o mesmo padrão de sonho, em que a essência é, de certa forma, recorrente… sei sempre qual o destino da minha viagem, da minha caminhada, tanto quando sigo por caminhos e carreiros de terra, como quando atravesso montes, ou quando viajo de carro, ou de metro, ou comboio…, quando faço o percurso sozinha, quando vou com a amigos, ou com o meu filho, ou com o meu neto… No início do sonho sei isso tudo, até sei a rota de cor, mas… acabo perdida no pinhal, perdida numa encruzilhada sem saber para que lado seguir, perdida numa cidade diferente da que era suposto chegar… ou já fora do comboio ou do metro, na estação errada sem saber o que fazer…
É sempre assim, ou estou perdida sem ter chegado a sítio nenhum, ou quando viajo em qualquer meio de transporte, penso ter chegado ao destino, só que… quando me apeio, descubro que estou num local desconhecido, longe do destino da viagem, sem me saber situar para poder regressar ao local de partida, ou aonde me propusera chegar…
Um dos destinos das minhas viagens oníricas é um mosteiro Templário (ou Cátaro), umas vezes situado perto de uma escola, ao cimo e ao lado esquerdo (que sobe) de uma rua sem saída, e que, ao chegar à escola não há mosteiro nem rua sem saída, outras vezes penso estar perto, conheço bem os caminhos por onde ando, mas de repente, ou por obras no terreno, ou por qualquer outro motivo, as vias foram alteradas e, por mais que tente, mesmo recolhendo indicações, acordo com a insatisfação de 
E acordo precisamente nesta altura, nos momentos em que me sinto perdida e baralhada...

Maria La-Salete Sá (11/05/2017)

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sexta-feira, 5 de maio de 2017

AO ENCONTRO DE MIM



Sendo que este espaço se intitula "Ao encontro de mim", é precisamente este encontro que hoje quero promover, ou talvez reatar...
Por razões que a minha própria razão desconhece (parafraseando Blaise Pascal), venho a sentir, de há algum tempo a esta parte, que ando desencontrada de mim, com as rotas baralhadas, sem ideias ou objetivos bem definidos, enfim... encontro-me fora de contexto..., um pouco sem chão, como  estando  a movimentar-me em terrenos inóspitos e desconhecidos...
E ao tomar consciência disto uma sensação de insegurança, de aparente desconhecimento do que sou, de quem sou e porque estou me vai conduzindo a um estado de quase inércia, sem vontade de caminhar, de criar, de reconhecer-me como o SER que SOU nesta vida que eu mesma programei e decidi viver.
Sei que é urgente e necessário desbloquear-me e abrir as portas para a Vida, sair de mim para me encontrar em mim, fazer as pazes com as minhas incertezas, abraçar os meus conflitos internos e... e... e... sorrir ao meu reencontro que já sinto aproximar-se,
Sim, nesta tomada de consciência dos meus receios, do reconhecimento de que é normal encontrar estes desafios pela frente, não só normal, como salutar, pois são eles que nos conduzem à descoberta do rumo a seguir, já começo a sentir-me eu... Já defino rumos, tarefas, já começo a despertar deste torpor...


Maria La-Salete Sá 

ESTOU CONTIGO...

Tu, meu amigo, que sofres
a perda de um ente querido
não vejas só a brutalidade da vida,
não vejas só a ironia que ela é,
vê, sente e acredita que tens que viver.
Eu estou aqui, contigo...
e há tantos "eus" a partilhar a tua dor,
a querer ajudar-te a prosseguir,
mas sem saberem como agir...
Reparte connosco a tristeza, 
deixa que te demos a mão,
porque força é união.
Tenta.
talvez na partilha,
na comunhão e interajuda
encontres na tua vida
uma mão amiga,
uma palavra de esperança,
um acto de solidariedade
que te mostrem que a realidade
é menos dura na fraternidade...

E eu sou tua amiga!


De Maria la-Salete Sá  (03/10/1986)


(imagem da net)

EM VÃO...




A chuva impertinente que cai lá fora
turva-me a vista e os sentidos,
a ausência de carinho que tenho cá dentro
enche a minha saudade de ti...

E tão cinzento como o céu que me cerca,
triste e sombrio
está o meu coração angustiado...
... de tanto amar...
...em vão...

De Maria La-Salete Sá (10/12/1987  15:35h)

(imagem da net)

REPERCUSSÃO


Em consciência
pergunto ao meu ego
o que sou, o que penso, o que quero
e apenas os ecos do inconsciente
repercutem em mim
que o meu querer 
e o meu pensar
são de todo opostos à minha razão consciente...

De Maria La-Salete Sá (25/07/1987)

Não quero sufocar-te,


Não quero sufocar-te,
só quero o teu amor,
a tua presença...
Sem ti fico perdida,
incapaz de penetrar
na corrente do meu pensamento...
Porque... pensamento inconstante,
tal viajante louco,
sem rumo,
inquieto e inquietante
no deambular...

Não quero sufocar-te,
apenas quero amar-te
assim como sou,
assim como sei amar...

De Maria La-Salete Sá (20/02/1988 21:50h)

AMO-TE E QUERO-TE

Amo-te e quero-te
neste desespero imenso de nunca te ter,
nesta angústia constante de ter que calar,
neste tormento infinito de ter que olhar o mundo
e saber...
... que tenho de aceitar o desprezo e o desamor
de quem quero ajudar...

Amo-te e quero-te
sem poder falar,
sem poder pensar no teu olhar,
sem poder ser livre e acordar
para o mundo que me cerca...

Amo-te e quero-te
com este sexo quente que te deseja,
com este coração ardente que te busca,
com este sentimento impertinente
que me arrasa e amachuca...

Amo-te e quero-te
fechada nas paredes do meu silêncio,
sonho teu corpo no meu a cada momento,
acaricio teu peito, abraço-te e beijo-te
em pensamento...
... e desfaleço de desejo e amor
encurralada no tempo,
sem tempo nem jeito
de te querer, de te ver,
de me dar, de te ter...

Amo-te e quero-te
no sofrimento atroz
de saber que esta vida se fechou
para mim..., para nós,
de não ter vida para viver,
de esperar
- enferma de alma -
a hora de morrer...

Mas... afinal já morri...
para o mudo,
para ti...

De Maria La-Salete Sá (19/01/1988  22:55h)



MEMÓRIAS DE UM SONHO (30/11/14)



Esta noite tive um sonho que me deixou a pensar…  e deixou-me a pensar por dois motivos:
- Primeiro, porque me lembrei nitidamente de parte dele bastante depois de acordar, quando, se não escrevo mal acorde, pelo menos alguns tópicos, logo ele fica esquecido. E o que aconteceu foi precisamente o contrário, quando acordei nem me lembrei do sonho, nem sequer pensei se teria ou não sonhado. A sua memória veio já eu estava acordada há, pelo menos, uns dez minutos!
- Segundo, a memória chegou com tamanha precisão, toda ela, menos a pessoa de quem estava à procura no sonho…
- Por último  (afinal ainda há um terceiro motivo), se por um lado me deixa apreensiva e preocupada, razão porque tenho necessidade de o escrever, por outo lado, a par com esta preocupação e apreensão, há uma sensação de paz e de tranquilidade que me envolve e que não consigo “enquadrar” no contexto do sonho… ou talvez até consiga! Esta tranquilidade e paz esteve presente no sonho.

E agora aqui fica o sonho:

Estava em S. Pedro  (Paraíso, Castelo de Paiva), na estrada junto à igreja. Eu ia para a igreja, talvez à missa, mas muitas pessoas subiam a rampa em direção ao cemitério todas com ramos de flores, tendo-me chamado a atenção um ramo de coroas de rei cor de fogo que uma senhora levava (agora ao escrever parece que identifico esta senhora com a Otília), ou seja, em vez de descerem os degraus que dão para o adro da igreja, subiam, em direção contrária, para o cemitério. E era já a hora do ofício religioso (talvez a missa). Embora intrigada pelo facto de tanta gente ir ao cemitério em vez de ir à igreja, segui o meu caminho com o intuito de  verificar se (e onde, dentro da igreja) estava alguém (um familiar, que agora não consigo nem consegui) saber quem… Verifiquei, entrando na porta lateral esquerda ( em relação ao frontespício da igreja), mas não estava. Fui então á entrada, também não estava, na outra entrada lateral, também não…

Não me lembro de mais nada, sei apenas que fiquei apreensiva, mas não preocupada pelo facto de não ver a pessoa que procurava. E agora, como que um flash de memória, veio à minha mente o meu pai. Seria ele de quem eu andava à procura?
Qual a relação de não o encontrar com o cemitério?

Talvez a sensação de tranquilidade se deva ao facto de saber que, mesmo camufladamente, a certeza de que o meu pai (ou a pessoa que procurava) se encontrva bem e livre de qualquer perigo...


Texto publicado muito depois do acontecimento onírico, embora escrito na altura.

Maria La-Salete Sá

SOU TÃO FELIZ


Sou tão feliz!

As dificuldades da vida
ajudam-me a viver!
E como vivo!
Vivo!
E já não tenho medo
de andar…

Sou tão feliz!

Que mais posso desejar
além da realização do meu sonho?
Serei professora!
Mestra de crianças pequenas e inocentes,
amiga das sombras do que fui,
apaixonada pelas flores que farei desabrochar!

Sou tão feliz!

Feliz no rumo que estou a seguir,
feliz na vida que estou a viver,
feliz no futuro que me espera…

Sou tão feliz!
Mas como sou FELIZ!


De Maria La-Salete Sá (01/10/1972)