quinta-feira, 31 de julho de 2014

SUPER NADA

 (do meu caderno em que dissertei sobre a vida em todas as suas facetas)

Quiseram moldar-me a vida,
como se a torrente se moldasse,
quiseram encurralá-la
e amordaçá-la
para que fosse sujeição.

Quiseram moldar a minha vida
como se fosse um produto fabricado
obedecendo a cálculos sociais...
E avida escapuliu-se
na liberdade.

Eu sou vida,
eu sou liberdade!

Nada me prende,
nada me molda!

De Maria La-Salete Sá, em 04/11/1992 (revisto)

segunda-feira, 28 de julho de 2014

ESPAÇO EM COMPRESSÃO



Foi de interiorização o pouco espaço das horas
- muitos anos vividos -
deambulantes,
coexistentes de dor e frustrações,
ódio, repulsa... AMOR,
carinho e carência...

Agora, madrugada a despertar,
fica-me na cabeça o vácuo,
no sono relutante em chegar
a infinita tristeza duma vida
acabada
antes de começar...

Hoje
ninguém enche o meu espaço
no vazio desta existência,
futuro abortado
no passado...

... sem futuro nem presente...

De Maria La-Salete Sá (23/03/1986 01:26h)

imagem do google

domingo, 20 de julho de 2014

BEIJEI O SONHO...

Se soubesses o que sonhei!...
Se soubesses!
Sonhei que alguém te amava,
alguém que não eu te queria...
E fui dizer-to...
Mas tu não aceitaste
e preferiste o meu carinho...
Olhaste-me com tanta ternura,
pegaste-me com tanta paixão,
que não fui capaz de falar,
nem tu tampouco...
Para quê?
Nossos olhos calados diziam tudo,
tuas mãos em meus ombros
abriram caminho para o sem fim...

E o abraço que mais tarde nos uniu,
mesmo com a dolorosa sensação do inseguro,
foi forte e cheio de esperança...

Que pena...
... Tudo não passou de um sonho...

De Maria La-Salete Sá (20/10/1979)