sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

À MESA DO CAFÉ GAVETO



Nesta mesa de café
Onde tantos amores se cantaram,
Tantos desamores se choraram
E tantos sonhos se sonharam...
Nesta mesa de café
Há segredos perdidos,
Amores renovados,
Sonhos desenhados
E palavras por dizer...
Nesta mesa de café
Há um mundo escondido
Que só a mesa sabe
E pode ver.

Nesta mesa de café
Há universos inventados,
Há sorrisos camuflados,
Há sentires e sentimentos
Às vezes tão guardados
Que se chegam a perder
Nesta mesa de café
Há um mundo a desvendar,
Mundo imenso por dizer,
Amores intensos por nascer...

Mas vamos lá saber
O que há para descobrir
Nesta mesa de café,
Já nem se sabe se o que é,
É... ou não é...



De Maria La-Salete Sá (30/01/14   11:45 h)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

REENCONTRO COM...




Lá fora o frio corre nas ruas,
O vento dança nos ramos das árvores,
E o mar vomita destroços no areal.

Os pássaros perderam o pio,
O céu escurece em tristeza
E tudo parece hostil…

Mas lá fora um homem passei só,
Absorto ao frio que enregela,
De rosto obscurecido e triste…

Lá fora um homem caminha só
Indiferente ao vento que o agita,
Apenas caminha…só…

Lá fora o homem olha o mar e grita:
Onde estou?
Quem sou?
Porque razão me perdi da vida?
Ou…
Porque razão a vida se perdeu de mim?

Venha o frio que corre pelas ruas,
Venha o vento dançante nos ramos,
Venha o mar defecar no areal,

Mas… que venha o amor,
Que venha o pão,
Que venha a dignidade…

E que a humanidade acorde,
Que saia deste torpor
E…se torne fraternidade.»

E… o homem que caminhava só
Fechou os olhos, sorriu,
Porque...

O homem que passeava só
Já não está só,
Finalmente encontrou-se... com a vida.

De Maria La-Salete Sá (29/01/14    18:13 h)




segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

CHÁ E POESIA

Aconteceu no sábado passado, dia 25 de janeiro de 2014, no Restaurante vegetariano Terra Viva. Foi a estreia de CHÁ E POESIA, um evento que poder-se-á chamar de tertúlia de poesia.
Foi lindo! Lindo de se fazer, lindo de se ver, lindo de se sentir! Não foi apenas um evento de se dizer poesia, foi um tempo de partilha de emoções, de ternuras, de vivências!
Agradecer a todos quanto estiveram presentes, a todos os que participaram, que deram o seu testemunho, a sua sugestão, não chega. Não chega, mas não há palavras nem sorrisos, nem atitudes que cheguem para mostrar a nossa gratidão...
Acredito que o que sinto e o que procuro transmitir é também o que sentem as minhas amigas e companheiras de jornada.
Assim só peço que aceitem, em meu nome e em nome da Fernanda Cabral e da Maria Helena aquilo que sabemos dar: gratidão, amizade, poesia... e um abraço envolvente de fraternidade.



sábado, 11 de janeiro de 2014

O GATO FARRUSCO



Farrusco era um gato
pretinho, pretinho,
da cor do carvão,
mas a barriguinha
era toda branquinha
como a montanha
depois de nevão.
De pé e no chão
era um gato preto
que assustava os ratos
que estivessem por perto
mas de lado, a dormir,
ou de barriga para o ar
não era senão
um doce gatinho,
de pelo macio,
a ronronar, a ronronar.


De Maria La-Salete Sá

TRISTE... E SÓ



Não me apetece ir para casa.
Tenho vontade de andar à deriva
a ver se desanuvio o meu semblante
e trago um pouco de ânimo ao meu espírito...
Estou triste. Triste e só...
Como triste e só está a minha alma
sem ti... Amo-te...

De Maria La-Salete Sá (10/12/1987   15:36 h)


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

QUIMERA

Ir do hoje ao amanhã,
do amanhã ao ontem
sem limites de tempo e espaço,
quem me dera!
Poder reencontrar-me no infinito,
fazer da eternidade o momento
e deixar que o pensamento
não se perdesse na quimera...!

Quem me dera
sair deste compasso de espera.

De Maria La-Salete Sá (08/11/1999  20:49 h)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A MINHA OBRA PRIMA



A minha obra prima
não passa de linhas sem nexo
onde há o meu sorriso
e o meu olhar do nada...

A minha obra prima
não deixa de ser bela
(sem no entanto ter beleza)!

São linhas, traços, rabiscos!,
o meu “eu” e o meu esforço!

A minha vida contém
(e está contida)
Nesta simples obra prima!


De Maria La-Salete Sá (14/03/1974)

FELICIDADE...

Apetece-me cantar a Paz,
gritar a alegria,
louvar o amor...

Hoje sou energia feliz,
sorriso transparente,
leveza, liberdade,
SER, felicidade.

hoje ouvi a voz do AMOR!

De Maria La-Salete Sá (25/01/1992  00:07h)

A NOITE SONHOU TRISTEZA

A noite sonhou tristeza
e...
o dia acordou choroso!
Que pena
acordar assim um dia de domingo!
E logo um domingo,
quando domingo é,
por excelência,
DIA DE SOL!
Mas eu não vou acordar triste,
eu respondo, eu respingo.
Não vou acordar chorosa
neste dia de domingo,
neste dia de sol sem sol.
Vou sorrir,
vou brilhar
e vou espalhar
sorrisos de alegria...
E alegrar
este dia...
de domingo chuvoso...

Hum! Hum! Hum!
Acorda menina,
desperta,
sai de dentro do lençol,
já é dia!

E... sorrio, e sorrio
num sorriso de poesia!...
... para que todos sintam e vivam
um domingo de sol e alegria.

De Maria La-Salete Sá

(imagens retiradas do google)