Lá fora o frio corre nas
ruas,
O vento dança nos ramos
das árvores,
E o mar vomita destroços
no areal.
Os pássaros perderam o
pio,
O céu escurece em
tristeza
E tudo parece hostil…
Mas lá fora um homem
passei só,
Absorto ao frio que
enregela,
De rosto obscurecido e
triste…
Lá fora um homem caminha
só
Indiferente ao vento que
o agita,
Apenas caminha…só…
Lá fora o homem olha o
mar e grita:
Onde estou?
Quem sou?
Porque razão me perdi da
vida?
Ou…
Porque razão a vida se
perdeu de mim?
Venha o frio que corre
pelas ruas,
Venha o vento dançante
nos ramos,
Venha o mar defecar no
areal,
Mas… que venha o amor,
Que venha o pão,
Que venha a dignidade…
E que a humanidade
acorde,
Que saia deste torpor
E…se torne fraternidade.»
E… o homem que caminhava
só
Fechou os olhos, sorriu,
Porque...
O homem que passeava só
Já não está só,
Finalmente encontrou-se...
com a vida.
De Maria La-Salete Sá (29/01/14 18:13 h)
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