Já pensei
vezes sem conta esquecer-te
Ontem, hoje,
amanhã e para sempre,
Atrever-me a
pensar-te sem amor,
Olhar-te como
um amigo somente…
Contudo a
realidade é bem diferente,
Apenas eu me
sinto ausente,
Refugiada em
pensamentos errantes,
Logrando um
desengano constante,
Omitindo de
tudo e de todos
Sentimentos puros
e ofuscantes…
Puros e ofuscantes
porque proibidos,
Interrogações
por demais dolorosas,
Néctar que
deixou de adoçar,
Tempestade que
não vai mais acabar,
Orvalho frio
que me irá regelar…
Desabafo por
fim este tormento
E vou
sonhando em pensamento…
Cansada,
enfim, de tanto lutar,
Angustiada pelo
que há de chegar
Rogo a Deus piedade,
mas em vão…
Violenta é a
realidade, e é tão dura
A sensação do
dever e do sentir… insegura…
Lucidamente vejo-me
na irrealização
Hesitando em
abafar na tristeza o sentir
Ou dar alento
ao grito a alma e do coração…
Maria
La-Salete Sá (31/10/1979)
Sem comentários:
Enviar um comentário