quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

AQUELE SOLAR, AQUELE CASEBRE


Naquele solar cheio de luz

Onde velas de mil e uma cores

Enchem todos os recantos

Há alegria!

Num canto, tão rico e iluminado,

O presépio parece de sonho,

De contos de fadas... Que lindo!

 

Nesse solar cheio de luz

Onde velas de mil e uma cores

Enchem todos os recantos

Há alegria...

Mas nesse solar...ninguém vai à janela,

Ninguém vê o casebre do fundo da rua...

O Natal é só isso...Folia!

 

E quando no solar

À ceia se come do bom e do melhor

No casebre faz-se a festa

Com as poucas couves e batatas

Guardadas para esse dia...

Há ainda um naco de pão...

As crianças olham-no e pensam

Quem poderá comer o último bocado...

E o pobre pai lá o reparte

“Comam todos...não há mais”

 

Mas... enquanto nesse solar cheio de luz

Onde velas de mil e uma cores

Enchem todos os recantos

Há alegria, uma alegria efémera, fictícia

E que acabará de seguida,

 

No casebre onde o frio entra impiedoso

Há a mensagem de Paz e Amor

Que o Menino Deus traz ao mundo

Em cada Natal, em cada ano...

 

E nesse casebre

Não há luz de velas multicores,

Não há presépio rico,

Mas há a Luz Branca e Pura

No presépio vivo da família.

 

De  Maria La-Salete Sá  (29-12-72)

 

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