Fui à garagem da fantasia,
abri
o baú das efemérides,
retirei
umas quantas aranhas
e a
abóbora sorridente.
Estava
linda,
brilhante,
luminosa!
Prometia
alegria
numa
noite diferente!
Logo
ao lado,
encostada
à parede mais sombria,
lá
estava a vassoura!
Mas
esta…
recusou-se
a ser montada…
Rodopiou,
voou,
pendurou-se
no teto,
deixou-me
apeada…
Bem
agitei a varinha,
mas
de nada valeu!
Lembrei-me
então do sapo sapudo
e do
feitiço que a maga mestre me ensinou.
Vai o
sapo para o caldeirão,
água,
sal e pimentão,
mais
outros ingredientes
(que
não posso revelar,
não
vá o feitiço falhar)
e vai
tudo a cozinhar.
Retirei
o sapo da panela,
atirei-o
pela janela
e eis
que…
… já
vem a vassoura…
ao
meu lado estacionar,
prontinha
para viajar!
Pego
na abóbora,
colo
a verruga no nariz,
calço
as botas de verniz
e… lá
vou eu
ligar
o motor da vassoura…
Chave
na ignição…
e
não!
Não!
Não!
Depósito
de gasolina vazio
e a
vassoura
não
anda a carvão!
Sendo
assim, fico em casa,
não vou
armar confusão!
Maria La-Salete Sá (31/10/2022)
Sem comentários:
Enviar um comentário