terça-feira, 13 de maio de 2025

TEMPO MORTO

 

Chegou até mim o impulso do tempo,

prestes a parar... para pensar.

 

Parou.

 

Não há tempo.

 

Diante de mim não há barreiras,

nem fronteiras,

nem tédio.

 

Angústia? Talvez. E porquê?

Pelo nada, pela passividade

(tempo morto, indefinição, ambiguidade, cobardia)

que vejo em meu redor.

 

Porque hás de fazer da tua vida

uma vida que não é tua?

Porque hás de querer acorrentar-te

a um falso conceito de liberdade?

Porque não és TU a viver por ti?

Porque utilizas os outros como suporte

se tu és Ser, homem e pessoa capaz?

Não te crês capaz? Alguma vez tentaste?

 

Tenta hoje, tenta agora. Tenta agora e sempre.

Desacorrenta-te e desacorrenta quem já não tem correntes...

Deixa-me ser eu na plenitude de mim mesma

ou sucumbirás...

ou voltará o tempo... amorfo...

e... sucumbirei...

 

... ou sucumbiremos...

 

De Maria La-Salete Sá (12/01/1990 23:40 h)

 


Sem comentários:

Enviar um comentário