As pedras da
calçada desenharam liberdade,
As areias da
praia escreveram fraternidade,
A aragem do
vento cantou igualdade,
O sol
derramou raios de solidariedade
E o homem de
coração puro sonhou…
Sonhou e
acreditou na liberdade,
Sonhou e
fez-se fraternidade,
Sonhou e
proclamou igualdade,
Sonhou e
viveu a solidariedade…
Foi um sonho
lindo,
Tão lindo que
o fez esquecer
Que ao lado
havia outros homens,
De sorrisos
enganadores
Homens sem
coração,
Magnatas de
corrupção,
Senhores de desmedida
ambição
Mas
eloquentes oradores.
Prometeram
mais liberdade,
Proclamaram
fraternidade,
Mal falaram
de igualdade
Assim como de
solidariedade…
Mas…
O homem de
coração puro
Ainda
acreditou…
Até que
reparou
Que nas
pedras da calçada
Já nada
restava
Do desenho
liberdade,
Que o mar já
apagara
A palavra
fraternidade,
Que o vento
se tornou agreste,
Não cantando
igualdade
E que o sol
se tornou tão quente
Que seus
raios nem sempre são solidariedade…
E é este o
retrato do me país,
Uma história
surreal
Esquecidos os
ideais de Abril
É caso para
perguntar:
“Onde vais
parar, Portugal?”
De Maria
La-Salete Sá (01/05/2013)
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