Moras na minha saudade,
invento por nascer,
cavalo alado do prado
verde que não gerou lírios,
mas produziu sementes de
corsas e gazelas...
sementes que o vento
espalhou
pelas campinas onde
nascem germânicos...
Moras na minha saudade, perfume
inebriante,
que um dia entonteceu
meus sentidos e sentimentos
e me deixou adormecida
na nostalgia...
Foste o invento que
projetei,
a força que alimentei,
o amor que gerei...
Foste o homem-miragem do
meu coração deserto
que, tal como surgiu,
desapareceu,
deixando
no oásis desta paixão
a saudade da ternura...,
a saudade do coração
onde tu moras...
Foste o cavalo fogoso na
liberdade do prado
e eu a gazela em busca
dos lírios da paz...
e do nosso encontro-desencontro
fizemos campinas de
gerânios...
Eras liberdade, meu
cavalo alado,
tão liberdade que a
liberdade levou,
mas...
... moras para sempre na
minha saudade.
De Maria
La-Salete Sá (07/03/1988 23:51h)
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