sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

RELATO DE UMA NOITE DE INSÓNIA

 

Ontem, depois de uma tarde passada entre Espinho e Porto, cheguei a casa cansada. Pensei deitar-me cedo, mas veio uma coisa, veio outra e outra e… fui dormir já depois das 23horas. Adormeci quase de imediato, mas acordei às 01:47h para ir à casa e banho e o sono evaporou-se. E quando a noite nos mantém reféns da insónia há que escolher como valorizar o tempo em que o sono anda ausente.

Assim, entre outras coisas, como “contar carneiros”, cantarolar em pensamento, deixar-me invadir por ideias irrisórias…, situações que não acalmaram a minha ansiedade de não conseguir dormir, então decidi-me por uma saída mais frutífera, conexão comigo, com a minha divina Presença Eu Sou, tentando olhar o mundo à minha volta e orar.

Ao olhar o mundo, ao ver o caos em que está mergulhado, veio a vontade de pedir pela Paz, pelo Amor, pela Luz, pela Humanidade. E não sabia como fazer, pois, também acredito que este caos é o necessário para que se dê a transformação, a mudança de paradigma. Além disso também sei que desde os “sofredores aos vilões”, todos estão a cumprir o seu papel kármico e dármico, são os atores no palco desta vida. Posso parecer insensível (e por vezes assim me sinto), mas como não quero interferir no plano cósmico/divino sinto-me, tantas vezes, perdida, sem saber como agir… E ontem, na minha vontade de orar, questionei-me e concluí que não sei orar sem interferir no livre arbítrio dos “sofredores e dos vilões” (pelo menos ontem não soube). Então limitei-me a pedir Luz, a pedir que mais e mais seres se abrissem à Luz do Amor, que mais e mais seres despertassem de modo a que a Terra possa ser um planeta de LUZ. Talvez por ter sido um pedido profundo da alma, miríades de pequeninos focos luminosos começaram a ganhar forma na minha tela mental, uma pura manifestação de Luz. Uns ampliavam-se formando grandes balões de luz, movendo-se em várias direções, enquanto outros continuavam pequeninos, parecendo uma chuva de estrelas. Invoquei Jesus pedindo que nos iluminasse e logo a sua imagem se fez presente aspergindo Luz e Amor em feixes de uma luminosidade intensa, branca cristalina. Durou uns segundos e novo cenário se formou. Entre os pequenos focos de luz que sempre estiveram presente e sempre em movimento, surgiram por esta ordem, Mestre Kutumi, Mestre Mória, um arcanjo com vestes guerreiras, talvez o Arcanjo Miguel, como guerreiro da Luz e Mestre Confúcio. Dissipados os rostos, eis surgem, agora sem focos de luz, gravuras egípcias, entre elas paredes pintadas, outras completamente preenchidas com hieróglifos e várias tábuas escritas, atrás das quais estava Anúbis.

Acabei por aqui. Agradeci aos Mestres que se fizeram presentes, ao Arcanjo Miguel e ao nosso Mestre Maior, Jesus e fiquei-me a “digerir” as mensagens implícitas nas imagens. Acredito que os imensos focos luminosos (os que se ampliavam e os mais pequenos) foram a resposta ao meu apelo: há uma grande massa a despertar e a parte final, o Anúbis, a “confirmar” a necessidade do caos, ele como o deus da morte e da mumificação, está a acompanhar aqueles que estão a partir, a acabar o seu contrato desta vida. E as tábuas, os hieróglifos levaram o meu pensamento para a queda das antigas civilizações por mau uso do poder, ou seja, o que agora está a acontecer… talvez estejamos mais perto do que julgamos de uma alteração profunda tanto a nível espiritual quanto a nível físico. Os tsunamis, as erupções vulcânicas, as tempestades…, todos esses cataclismos são a forma da Mãe Natureza limpar, as próprias guerras, por muito injustas e cruéis que sejam e se apresentem, levam desta vida os/as que se dispuseram a passar por esse desfecho, os “mandantes” são o “motor” para que se cumpra o “contrato” dos que perecem…

Julgá-los? Não. Ter compaixão, abraçá-los no Amor? Sim. Fácil?! Também não, mas é preciso manter viva a consciência de que todos, de vida em vida, ao longo de éons de existências já fomos os vilões, os heróis, os assassinos, os puros, os carrascos, os penitentes, os injuriados, os injuriosos…

Abri os olhos, olhei o relógio, eram 5h 37m. Fui novamente à casa de banho e depois dormi até às 8h 30m.

 

(09/01/2024)

 

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