terça-feira, 27 de novembro de 2012

MINHA CANETA




Zangou-se comigo a minha caneta,
Ela que sabia ser a minha caneta
Predileta…
Ela, a minha caneta

Cor de violeta,
A caneta da minha cor predileta
Estava zangada comigo!…
Tão zangada que nem escrevia.
Não escrevia nada…
Nem sequer uma letra,
Nem um rabisco…
Nada, mesmo nada!
E, intrigada,
Perguntei-lhe a razão.
Também triste pela situação…
Algo sentida respondeu:
“Se estou triste e sinto dor…
A culpa é tua e do computador…
Deixaste-me abandonada
E minha tinta secou.”
“Então
Que posso eu fazer
Para voltares a escrever?”
“Só preciso de tinta,
Um pouco mais de carinho
E algum respeito…”
E um pouco sem jeito,
Fiz-lhe um miminho
E fizemos as pazes.
Não abandonei o computador,
Mas a caneta está presente,
Sempre aqui ao meu lado.
Às vezes até dá “dicas”
Para as minhas escritas.
Se a inspiração se esconde
A caneta escreve ou risca
O que me servirá de pista
Para escrever no computador.
Assim,
Computador e caneta,
Caneta e computador,
Trocam ideias, são amigos
Nenhum está em desfavor,
Nem em desamor.

“Ah!, minha tão linda caneta,
Não te zangues mais comigo
Caneta cor de violeta,
Minha tão linda caneta!”

De Maria La-Salete Sá (26/11/12)


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