Eu fui obra traçada
do destino
e sou a linha
constante da vida.
Fui escrava, algures,
em tempo indeterminado,
açoitada pelas mãos e
ordens do senhor poderoso.
Fui homem vil, duma
tirania incontestável,
talvez lutando em
prol da fé na Guerra Santa.
Combati homens como
se foram feras,
tiranizei e reduzi a
répteis
pessoas de bom
coração.
Fui leal servidor,
fui justiça e tirania,
fui homem e mulher
em tempos e locais
ilimitados e inexplícitos.
Hoje sou mulher sem
medo de fantasmas nem de dragões
a cumprir este carma
atribulado
a que me impus.
De Maria La-Salete Sá (12/12/1988)
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