Está obscurecido o
dia
E um letargo teimoso
se encostou a mim…
Sonolenta me debato
entre o reagir
ou cair na letargia.
O aqui e o agora
reclamam que devo reagir,
que há tarefas a
cumprir,
o atemporal sussurra
baixinho
que devo dormir,
deixar o corpo e fluir
à procura do que o
infinito
tem para me dar a
conhecer,
a procurar…
Mas hoje não posso.
É o hoje. O aqui e o
agora.
o terreno, a vida
visível,
as tarefas, o tempo,
o espaço…
Sei que me perco. Mas
é urgente que desperte.
Outros dias virão,
outros letargos
surgirão…
E é com pena e um
laivo de tristeza que dispo
e me despeço
destas asas que me
queriam levar a voar…
De Maria La-Salete Sá
(07/10/1990 16:20h)
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