domingo, 29 de setembro de 2013




Porque vives eternamente camuflado
de bem casado
e bom cidadão?
Porque te temes mais do que temes o que julgas temer?
Porque te consideras superpotente,
se essa superpotência
não passa de uma alienação de ti mesmo?
Porquê tanto pavor em enfrentares a tua realidade?
Não vês que estás a fragmentar a tua personalidade?
É altura de te cimentares,
de criares as tuas próprias estruturas
e os teus alicerces,
é hora de te olhares e de te reconheceres,
de te interrogares para saber
e compreender que já é tempo de crescer.

Se olhares bem – e de olhar bem atento –
para dentro de ti,
para a tua essência, para a tua alma,
poderás descobrir em quantos fragmentos te tornaste,
descobrir que o teu embrião não cresceu por igual.

Vê o “tu” que está adulto e o “tu” que se recusa a crescer,
Vê!


De Maria La-Salete Sá ( setembro de 1988)




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